Libertem a liberdade



O que têm em comum Joice Hasselmann, Abraham Weintraub, general Santos Cruz, João Doria, Sergio Moro e Alexandre Frota?

 

Rolou um barraco feio entre o pastor e o ex-presidente. No meio do rolo, Marçal, o fenômeno, previu a vitória eleitoral do Boulos. Dessa vez ele não chamou de “Boules”…

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É a guerra entre a “direita” e o “sistema” — dizem os especialistas, os analistas, os entendidos, os militantes jornalísticos, os cientistas políticos e geopolíticos — e bota gel nisso. Será? O que é “a direita”? O que é “o sistema”? Sem a sofisticação dos gatos-mestres, vamos fazer uma pergunta simples:

O que têm em comum Joice Hasselmann, Abraham Weintraub, general Santos Cruz, João Doria, Ernesto Araújo, MBL, Sergio Moro, Alexandre Frota e grande elenco “de direita”?

Resposta: todos apedrejaram o governo que, segundo o álbum de figurinhas ideológicas, era o governo “da direita”. Ou mais que isso: um governo que dava resultados conforme a gestão defendida pelos apedrejadores. Mas aí virou “sistema”… Êta, vida fácil.

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Joice Hasselmann simboliza bem esse grande elenco. Chegou a ser líder do governo na Câmara e agora não conseguiu se eleger vereadora. Qual era a grande credencial política da Joice, que virou abóbora? Ser “de direita”. Quantas Joices terão sido vitoriosas nessa eleição municipal?

Não tente responder, porque você não sabe. O que todos sabem é que há um caminhão de votos para quem se diz “de direita” contra “a esquerdalha”. E o que isso significa em termos de escolha política? Segundo a Lei de Hasselmann, nada. Absolutamente nada.

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Esse conceito da “direita” (assim como o da “esquerda”) é vago, anacrônico, superficial, enganoso e, ao mesmo tempo, um sucesso. Uma palavrinha mágica que dá voto, dá like, dá audiência, atrai seguidores, atrai fiéis, dá poder, fama e grana. E dá também o melhor pretexto para os que estão perseguindo, abusando do poder e censurando. Eles dizem estar combatendo “a direita” e correm pro abraço, estalando seu chicote no lombo de quem não tem nada com isso.

Meio mundo acredita que “direita” significa ódio e ataque à democracia. Não estamos falando da “esquerdalha”. Muita gente comum e não partidarizada acredita nisso. Claro que é um grande mal-entendido. Até porque, como já dito, são conceitos vagos. Mas é desse mal-entendido que vivem hoje os picaretas e os tiranetes, devidamente fantasiados de democratas, encenando sua luta “contra a direita” para perpetrar as maiores barbaridades contra o direito do cidadão.

Enquanto liberdade tiver apelido ideológico, os pilantras estarão a salvo.

Recentemente, num embate entre dois ex-ministros do governo Bolsonaro, um disse para o outro que fazer obra não era tão importante quanto “combater a esquerda”. Se levantar bandeira é mais importante que botar a mão na massa, talvez seja melhor o país deixar a política de lado e fundar uma federação de torcidas organizadas.

(revista oeste)



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