
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, relembrou nesta quarta-feira ( 8/1), o episódio em discurso, destacando que o ataque à democracia brasileira não começou naquela data. Para ele, o episódio foi o ápice de um processo gradativo, marcado por desinformação, ataques às urnas eletrônicas e à Justiça Eleitoral, e a propagação de discursos de ódio e notícias falsas.
"Vimos surgir um nacionalismo exacerbado e anacrônico que, sob o disfarce de combater a corrupção ou defender a segurança nacional, abriu espaço para práticas que atacavam o próprio coração da nossa democracia", afirmou Lewandowski.
A fragilidade da Democracia
O ministro fez questão de lembrar que a Constituição de 1988 foi criada para pôr fim a um histórico de instabilidade institucional e períodos de exceção que marcaram o Brasil. O texto constitucional estabeleceu um Estado Democrático de Direito destinado a garantir direitos fundamentais, igualdade, liberdade e justiça social.
Entretanto, Lewandowski destacou que, mesmo com os avanços trazidos pela Constituição Cidadã, a democracia não pode ser tratada como um valor estático ou permanente. "A democracia brasileira não foi uma concessão, não surgiu por milagre. Ela é fruto de uma luta histórica, travada por brasileiros e brasileiras que se opuseram a décadas de autoritarismo", declarou.
Inspirado pela advertência de Thomas Jefferson de que "o preço da liberdade é a eterna vigilância", Lewandowski reforçou que a preservação do regime democrático exige esforço constante, especialmente diante de um contexto global marcado pela polarização política e pela ascensão de movimentos antidemocráticos.
FONTE CORREIO BRASILIENSE