Governo atende STF e indígenas e regulamenta poder de polícia da Funai



O presidente Lula (PT) assinou nesta segunda-feira (3) um decreto para regulamentar o poder de polícia da Funai. Agora, os servidores da autarquia poderão notificar infratores e apreender e destruir instrumentos usados para violar os direitos dos povos indígenas.

O que aconteceu

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O decreto atende determinação do STF, atendendo reivindicação da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil). Apesar de a lei que criou a Funai, de 1967, prever poder de polícia para os agentes, isso nunca foi, de fato, posto em prática. Isso porque o texto era vago sobre quais as situações em que isso pode ocorrer.

interditem ou restrinjam acesso de terceiros a terras indígenas por prazo determinado;
expeçam notificação de medida cautelar em caso de infração com prazo, sob pena de evoluir para um processo administrativo ou judicial;
determinem a retirada compulsória de invasores quando houver risco para os povos ou terras indígenas;
restrinjam acesso de terceiros às terras indígenas e áreas em que houver indígenas isolados;
solicitem colaboração de órgãos de controle e repressão, como as polícias;
lacrem instalações usadas para infrações;
apreendam ou destruam, em casos excepcionais, objetos usados para infrações.

A regulamentação do poder de polícia da Funai era reivindicação antiga dos servidores da autarquia. O tema voltou ao debate após o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips na terra indígena do Vale do Javari (AM), em 2022.

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Tramita ainda no Congresso um projeto de lei para permitir que os agentes de campo da Funai tenham porte de arma de fogo. O texto foi aprovado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) em outubro passado, e precisa ser pautado no plenário da Casa para avançar.

 

FONTE UOL

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