O choro do ministro



Até assistir ao vídeo do advogado Davi Aragão em seu canal do YouTube eu não tinha a menor ideia do potencial destruidor da Magnitsky. Para mim, era apenas uma lei como tantas que existem no Brasil, em sua maioria, inócuas, sem nenhum efeito prático. Só agora, porém, compreendo por que autoridades e políticos brasileiros têm tanto medo da Lei Magnitsky, e fogem dela como o diabo foge da cruz.

É impressionante os danos financeiros causados pela Magnitsky às suas vítimas. Em pouco tempo, o sancionado se torna uma pessoa tóxica, da qual ninguém quer se aproximar com medo de também ser apanhado pelas garras da legislação. Seu poder de destruição é comparado à força de um tsunami que arrasta e arrasa tudo o que está à sua frente. Justificável, portanto, a preocupação e o terror que ela causa em muita gente.

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A notícia de que perdera o visto americano levou o ministro Luiz Roberto Barroso às lágrimas. Sucessivamente, vieram uma internação hospitalar, motivada por um pico de pressão, e o pedido de aposentadoria antecipada. O choro do ministro, visivelmente abatido, foi destaque nos jornais e nas redes sociais, atiçando o humor de habilidosos profissionais do riso.

Para alguns, o choro de Barroso seria medo da Magnitsky. Em algumas situações, o choro é sinal de arrependimento. Em sua segunda carta aos Coríntios, cap. 7, verso 10, o apóstolo Paulo ensina que a tristeza genuína conduz ao arrependimento e, consequentemente, à salvação. Segundo a perspectiva de Deus, o choro pode ser visto como uma expressão de profundo arrependimento. Posso até está enganado, mas vi arrependimento no choro do ministro Luiz Roberto Barroso. Tanta tribulação por causa da perda de um visto. Agora, imagine como seria se ele tivesse sido sancionado.


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