Guajará-Mirim (RO) — A Polícia Civil de Rondônia deflagrou, nesta semana, duas megaoperações simultâneas com o objetivo de combater crimes ambientais no Parque Estadual de Guajará-Mirim, uma das principais unidades de conservação da região amazônica. As ações contaram com a participação de dezenas de agentes, apoio aéreo e logística especializada para atuar em áreas de difícil acesso.
De acordo com informações da Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente (DERCCMA), as operações miraram grupos envolvidos em desmatamento ilegal, grilagem de terras e exploração clandestina de madeira dentro dos limites do parque, considerado Patrimônio Natural e fundamental para a preservação da biodiversidade amazônica.
As investigações, que vinham sendo conduzidas há meses, apontaram a atuação de organizações criminosas que promoviam a abertura de ramais, derrubada de áreas de floresta nativa e comercialização ilegal de madeira extraída do parque. Durante as operações, foram cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão, resultando na detenção de vários suspeitos e na apreensão de maquinários utilizados no desmatamento, como tratores e motosserras.
“As operações são fruto de um trabalho de inteligência que identificou a ação de quadrilhas que vinham causando sérios danos ambientais ao Parque Estadual de Guajará-Mirim. O objetivo é desarticular essas organizações e garantir a proteção desse importante patrimônio natural”, afirmou o delegado responsável pela operação, Rafael Teixeira.
Além da Polícia Civil, as ações contaram com o apoio do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), reforçando a atuação integrada dos órgãos de segurança e fiscalização.
O Parque Estadual de Guajará-Mirim, com mais de 200 mil hectares, é considerado uma das áreas mais preservadas de Rondônia, abrigando diversas espécies ameaçadas de extinção e comunidades tradicionais. Nos últimos anos, porém, a região tem sido alvo constante de invasões e atividades ilegais.
Segundo a Polícia Civil, novas operações estão previstas para os próximos meses, com foco na repressão contínua aos crimes ambientais e na promoção da segurança das populações que vivem no entorno do parque.
As autoridades ressaltam ainda a importância da colaboração da sociedade, incentivando denúncias anônimas que possam ajudar na identificação de crimes contra o meio ambiente.
Fonte: noticicastudoaqui.com
