Redação, São Paulo, 5 de agosto de 2025 — Em resposta à decisão judicial que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, vereadores e deputados estaduais do Partido Liberal (PL) organizaram uma motocarreata nesta terça-feira (5), com concentração no vão do MASP e previsão de trajeto até a Assembleia Legislativa de São Paulo, na zona sul da capital.
Objetivo e organização do protesto
- O ato, programado para às 19h, foi convocado pelo vereador Lucas Pavanato (PL-SP) e pelo ex-vereador Fernando Holiday, ambos presentes na manifestação da Paulista no domingo (3).
- A articulação contou com apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para escolta e organização no percurso, estimado em aproximadamente uma hora.
- A manifestação expressa insatisfação com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, exigindo impeachment e denunciando abuso de autoridade diante da prisão domiciliar do ex-presidente.
Quem participou: lideranças presentes
A presença de parlamentares reforçou o caráter político do protesto. Entre os confirmados:
- Deputados estaduais Lucas Bove e Major Mecca (PL)
- Vereadoras Sonaira Fernandes (PL), Zoe Martínez (PL)
- Vereador Adrilles Jorge (União Brasil)
Contexto mais amplo
O protesto acontece em continuidade à mobilização realizada no domingo (3), quando um ato na Avenida Paulista reuniu entre 37,6 mil e 57,6 mil pessoas, conforme diferentes métodos de cálculo — Monitor do Debate Político do Cebrap/USP (37,6 mil) e estimativa do Poder360 (57,6 mil).
Durante esses atos, figuras como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) fizeram discursos em vídeo ao lado de silhuetas ou retratos de Bolsonaro, afirmando que, mesmo ausente, ele permanece como símbolo da mobilização.
Pautas e mensagens centrais
As reivindicações são alinhadas às manifestações de domingo:
- Impeachment de Alexandre de Moraes (STF) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
- Pressão pela aprovação do projeto de anistia ampla aos réus e investigados dos atos de 8 de janeiro de 2023
- Expressões de indignação com supostas arbitrariedades na atuação judicial e alegado autoritarismo institucional.
Alguns manifestantes chegaram a exibir cartões de crédito com a bandeira Mastercard, em forma de provocação simbólica à inclusão de Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky, aplicada pelos EUA — medida que restringe o acesso dele a serviços de empresas norte-americanas.
Análise
- Estrategicamente, o ato sinaliza a tentativa da oposição de manter viva a pressão política sobre o STF e manter o tema no holofote midiático, mesmo sem a presença física de Bolsonaro.
- Politicamente, demonstra coesão e mobilização do PL e aliados em São Paulo, indicando capacidade de manter adesão mesmo após decisões restritivas judiciais.
- Simbolicamente, a escolha do MASP como ponto de partida e o traçado até a Assembleia Legislativa reforçam o discurso sobre reivindicação de poder popular e confrontação com instituições estatais.
Próximos passos
A articulação sugere continuação de atos coordenados, com foco em pautas como impeachment, anistia, e ainda a inclusão de lideranças de outras capitais em protestos simultâneos. O impacto político será observado pelas reações do Congresso e pela postura da base governista frente à pressão da oposição.
Panorama resumido
Tema | Detalhes |
---|---|
Data e hora | 5 de agosto de 2025, às 19h |
Local | Vão do MASP até a Assembleia Legislativa, São Paulo |
Organizadores | Lucas Pavanato (vereador PL), Fernando Holiday |
Motivo da ação | Protestar contra a prisão domiciliar de Bolsonaro, pedir impeachment de Moraes |
Participantes | Vários deputados e vereadores do PT e aliados |
Pauta central | Impeachment, anistia ampla, críticas ao STF e ao Judiciário |
Fonte: noticiastudoaqui.com