
O negócio sujo do Primeiro Comando da Capital (PCC), que movimentou bilhões no setor de combustíveis, tinha dois rostos centrais: Mohamad Hussein Mourad (à esquerda) , conhecido como “Primo” ou “João”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco” (à direita).
Alvos da megaoperação Carbono Oculto, deflagrada nesta quinta-feira (28/8) em oito estados, eles são apontados como os principais operadores de uma engrenagem criminosa que atravessava toda a cadeia produtiva, das usinas às bombas dos postos de gasolina.
Mohamad Hussein Mourad, que se apresentava nas redes como CEO da G8LOG e consultor do grupo Copape, vendia a imagem de empresário disciplinado, dedicado ao trabalho e aos “resultados sólidos”. Nos bastidores, segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), era ele o epicentro da rede bilionária de fraudes fiscais e lavagem de dinheiro do PCC.