
O governo dos Estados Unidos revogou nesta segunda-feira (22/9) o visto de entrada ao país do advogado-geral da União, Jorge Messias. A informação foi dada, inicialmente, pela agência de notícias Reuters via fontes do governo Trump e, em seguida, confirmada por Messias.
“As mais recentes medidas aplicadas pelo governo dos EUA contra autoridades brasileiras e familiares, agrava um desarrazoado conjunto de ações unilaterais, totalmente incompatíveis com a pacífica e harmoniosa condução de relações diplomáticas e econômicas edificadas ao longo de 200 anos entre os dois países”, afirmou Messias, em nota.
Segundo ele, “diante desta agressão injusta, reafirmo meu integral compromisso com a independência constitucional do nosso Sistema de Justiça”.
De acordo com a Reuters, fontes de Washington também afirmam que foi feita a suspensão de vistos de outras cinco autoridades brasileiras. São elas:
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- José Levi, ex-AGU e ex-secretário-geral de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE);
- Benedito Gonçalves, ex-ministro do TSE;
- Airton Vieira, juiz auxiliar de Alexandre de Moraes no STF.
- Marco Antonio Martin Vargas, ex-assessor eleitoral; e
- Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, juiz auxiliar de Moraes.
Em julho, o governo de Donald Trump já havia anunciado a suspenção d visto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e de outros sete ministros da Corte. O anúncio se deu em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na ação da trama golpista. Bolsonaro acabou condenado, com uma pena de 27 anos e 3 meses.