
Líder do governo no Senado Federal, o senador Jaques Wagner (PT-BA) defendeu o extermínio do grupo terrorista Hamas, durante solenidade na Casa Legislativa em homenagem às vítimas do ataque terrorista de 7 de outubro de 2023 em Israel. Judeu, o parlamentar afirmou que os ataques perpetrados pelo grupo palestino foram “covardes”.
Na ocasião, o congressista afirmou ser necessário diferenciar o Estado de Israel do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, frisando que a gestão do atual premiê é transitória. De acordo com ele, parte significativa da população israelense discorda da política externa de Netanyahu.
– O Hamas tem que ser exterminado, mas o governo de Israel, não. Hoje é um, amanhã será outro (…). O acordo de paz está sendo feito com o Hamas. Só existe paz quando as partes beligerantes concordam em encontrá-la – declarou Jaques Wagner, que é filho de imigrantes judeus poloneses.
O parlamentar ainda afirmou que o fanatismo e a falta de tolerância a ideias divergentes levam a “tragédias”.
O Senado realizou nesta terça-feira (7), em Brasília, uma sessão especial pelos dois anos dos ataques terroristas do Hamas em Israel. A cerimônia lembrou as mais de 1,2 mil vítimas mortas em 7 de outubro de 2023 e os 250 sequestrados pelo grupo.
Entre os convidados estava Rafael Zimerman, sobrevivente do ataque durante o festival Nova, no sul de Israel. Ele contou que o evento, com cerca de 3 mil pessoas, “celebrava a paz e a coexistência”, mas terminou em tragédia.
– Depois vieram as explosões, gritos, execuções. Tinha certeza de que ia morrer. Tinham cadáveres ao meu lado e em cima de mim. Do lado de fora, terroristas queimavam corpos, e o cheiro chegava até nós. Nunca vou esquecer a risada deles (…) O terrorismo não escolhe a vítima. Não é uma causa. É terrorismo! Todos nós, árabes e judeus, queremos que a guerra acabe – relatou.