
Não há como negar: o prefeito Léo Moraes realizou uma ‘Festa de Arromba’, digna da canção de Roberto e Erasmo Carlos, ícones da Jovem Guarda, que embalaram os corações de seus pais, para comemorar o 111º aniversário de Porto Velho.
Teve de tudo. Presentes o rádio e a televisão, sites, influencer’s e muita rede social, mandando mensagens pré-eleitorais para todos os recantos do município, do estado, do país e até do MUUNNDOOO!
Léo, que não é bobo, aproveitou o máximo, enquanto o Partido STF, Lula, ventríloquo dos bonecos Alcolumbre e Motta, permitem. Pois as liberdades de imprensa, opinião e até de locomoção, já estão bastante precarizadas. E a censura cada vez mais presente na vida de cada um, embora existam muitos néscios jurando que a zebra não tem listras.
Uma festa como nunca se viu! Tendo a Praça Madeira Mamoré e o Prédio do Relógio, dois fortes símbolos da história de Rondônia, resgatados pelo prefeito anterior, Hildon Chaves, como palco principal. Embora alguns atos tenham tido outros ambientes. Mas tudo concentrado naquele entorno.
O prefeito mobilizou todos os membros do seu governo para reunir centenas, dezenas de centenas e muitos milhares de pessoas, em variados eventos e variadas horas do dia, do amanhecer à madrugada. Por quatro dias.

E ele, presente em todos os eventos, com muitos discursos, entrevistas e declarações entusiasmadas. Em alguns, atuou como verdadeiro ‘showman’. Tanto, que foi o próprio a apresentar a estrela maior do Calypso e da festa, Joelma, para a multidão que chegou na Avenida Farquar.
Velhos e novos fãs embevecidos com a saltitante Joelma, hoje, uma serva do Senhor. Louvando e agradecendo a Deus, tocando o coração das pessoas, ajoelhada no palco, após o ‘milagre’ de sobreviver a tantas e repedidas ocorrências de Covid.
Uma quantidade de pessoas de todas as idades, crianças e adolescentes, estimada pelo próprio Léo, em 45 mil. Coisa digna da Paulista com Bolsonaro, sem a contabilidade da USP.
Ainda vai aparecer a contabilidade de quantos milhares de pessoas deixaram seus lares para participarem dos eventos do festeiro Léo Moraes que, mais uma vez, teve São Pedro a seu favor.
Embora todos os quatro dias a cidade tenha passado com a previsão de possíveis pancadas de chuva, onde ocorreu, foi de pequena densidade e nenhuma atrapalhou a programação da Festa de Aniversário do maior município de Rondônia, dono de um terço do eleitorado do estado.
Foram quatro dias em que ninguém lembrou que Porto Velho tem o pior IDH entre as capitais dos 27 estados da federação brasileira; todos esqueceram que não temos água tratada; não temos rede de captação de águas das chuvas; não temos drenagem – exceto em alguns pontos – na cidade. E pior: não temos saneamento básico.
Isso nos torna um povo sujeito a doenças, morando numa cidade cortada por igapós e igarapés mortos, cheios de lixos e fezes, fétidos. Uma gente que ainda faz cocô nos buracos das fossas sem tratamento ou supostamente tratados, nos lares pobres ou ricos.
Matéria orgânica que contamina as poucas águas tratadas e as muitas captados pelos poços da Caerd e os amazônicos, da maioria do povo, de onde nós bebemos, cozinhamos, lavamos e nos lavamos. E ainda enfrentamos uma guerra para o recolhimento do lixo de nossas portas.
Por quatro dias, esquecemos tudo isso. Agora, só resta sermos informados de quanto foram os gastos da ‘Maior Festa da Cidade’. Pois nós, eu e você, bancamos tudo.
É do que trata o ‘Língua de Fogo’ de hoje, em pequenos vídeos, sobre os fatos acima. Digite, no seu celular, noticiastudoaqui.com para ver tudo e muito mais.
- JOELMA X artistas locais X Louvor
- Locomotiva
- Praça Jonathan Pedrosa
- Bolo de 1000 metros
- Showmício com Léo
- Homenageados
- Corrida, Festival de Pescaria, paraquedismo
- Ausência da Educação: Desfiles, fanfarras, altivez cívica, patriotismo, história