
Quando olho para a plêiade de pretensos candidatos à sucessão do governador Marcos Rocha é impossível esconder a frustração. À exceção de um e outro, a lista de eventuais concorrentes não empolga. E são poucos os que alimentam o mesmo sentimento, como revelam as pesquisas eleitorais tamanho é o percentual de eleitores indecisos ou dispostos a anular seus votos.
Será que estamos condenados a escolher “aquela coisa diferente sempre igual”, como diz um trecho de uma música de Roberto Carlos? Preferências políticas à parte, com todo o respeito, mas os nomes que se apresentam até agora não apontam para um caminho, para o futuro, para os desafios que Rondônia, necessariamente, deve enfrentar, salvo uma surpresa de percurso. E isso é lamentável, pois nosso estado merece mais, muito mais. Merece políticos verdadeiramente comprometidos com as causas sociais, e, principalmente, com os segmentos mais sofridos da população, e não com projetos de poder.
Infelizmente, o que se tem visto é o ajuntamento de velhas e felpudas raposas da política local brigando para se manterem na crista do poder, alicerçados na falsa crença de que o eleitor existe para ser enganado, tentando, inutilmente, subestimar a inteligência e a força do povo, que pode, e muito, principalmente, quando lhe é assegurado o espaço democrático do livre exercício da vontade. O desempenho de mandatos vinculados aos anseios da população mostrar-se o melhor cabo eleitoral de qualquer candidato. Rondônia merece mais, muito mais do que a lista de possível candidatos que se apresenta hoje.