
O Banco Master, do senhor Daniel Vorcaro, está no centro de uma crise financeira. Tudo indica que houve gestão fraudulenta. O Master oferecia taxas de CDBs muito altas, o que atraiu muitos investidores. Investigação preliminar aponta um desvio de R$ 500 milhões de fundos de pensão. As principais vítimas são institutos de previdência de servidores públicos estaduais e municipais, que acreditaram no milagre financeiro prometido por Vorcaro.
Ao todo, 18 instituições públicas teriam sido lesadas. O recordista na modalidade prejuízo é o fundo de pensão dos servidores do Rio Janeiro, que despejou quase R$ 900 milhões em títulos podres. Em segundo lugar, aparece o fundo de previdência dos servidores do Amapá, que, segundo informações, seria presidido por um apadrinhado do senador David Alcolumbre, presidente do Senado. A lista é extensa. É isso o que acontece quando se mistura interesse público com privilégios pessoais ou de grupos. O resultado é desastroso. No final, a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, ou seja, no bolso do contribuinte. E o Ipam, será que comprou títulos fajutos do Master? Espero que não!
Imagino a angustia de aposentados e pensionistas dessas instituições, pois o risco de calote é real, uma vez que esses títulos não possuem garantia. Em um país sério, protagonistas de escândalo como esse do Banco Master apodreceriam na cadeira, mas no Brasil não é exatamente assim que as coisas funcionam. Logo, o caso do Master será apenas mais um escândalo na história da vida nacional, até que surja outra bandalheira.