Zezé tem ou não o direito de dizer o que pensa?




Você pode não gostar das músicas do cantor Zezé Di Camargo, da maneira como ele se veste, do seu corte de cabelo e até das pessoas com as quais ele se relaciona, porém não pode impedi-lo de expressar suas opiniões, mesmo que você discorde delas. Esse é o principio fundamental da liberdade de expressão. Recentemente, Zezé se envolveu numa polêmica com uma das donas do SBT. Houve quem não aprovasse suas palavras. Logo, ele tornou-se alvo preferencial de críticas ácidas em sites de notícias e fofocas, mas, por outro lado, também não foram poucos os que se solidarizaram com o artista sertanejo.

Existe, no Brasil, um segmento da população que exalta a democracia, a liberdade de expressão, a opção religiosa, entre outras coisas do gênero, mas não consegue conviver com os que pensam diferente, comportando-se como os fariseus dos tempos de Jesus, que pregavam o que não viviam. Por isso, Jesus disse, em Mateus 23:3, façam tudo que os fariseus falam, mas não façam o que eles fazem, evidenciando que havia uma discrepância entre o que eles pregavam e o que faziam.

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Assistir ao vídeo do Zezé. Achei que, em alguns momentos, ele exagerou na dose, mas não cabe a mim julgá-lo. Aliás, julgar alguém é uma tarefa espinhosa. Tão espinhosa que o próprio Jesus nos adverte para não julgar. Isso não significa, contudo, que não devemos corrigir os que erram e mostrar o caminho aos perdidos, como o Senhor ensinou. Ainda sobre a questão do julgamento, o jurista italiano Francesco Carnelutti escreveu que o juiz, para sê-lo, precisa ser mais que um homem. Um homem que se aproxime de Deus, dada a importância e a dignidade de sua missão. Vivemos em um país democrático. Zezé, como qualquer cidadão brasileiro, tem direito de dizer o que pensa, exceto proferir discurso de ódio ou difamar alguém.


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