O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (30/5) que nunca teve conhecimento de conversas sobre golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele falou como sua testemunha de defesa no processo criminal sobre uma suposta tentativa de ruptura democrática para mantê-lo no poder após sua derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.
Ex-ministro de Bolsonaro, ele disse que visitou o então presidente cinco vezes no Palácio do Alvorada, no final de 2022, período em que planos golpistas teriam sido discutidos com autoridades do governo e comandantes das Forças Armadas, segundo a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
"Jamais [tive conhecimento de intenções golpistas]. Nunca. Assim como nunca tinha acontecido no meu período de ministério", disse, segundo o portal G1, um dos veículos que acompanhou o depoimento.
"Nesse período em que estive com o presidente nessa reta final, nas visitas que eu fiz, ele jamais tocou nesse assunto e não mencionou qualquer tipo de ruptura. Encontrei um presidente triste, resignado. Esse assunto nunca veio à pauta", disse também, ao responder perguntas do advogado de Bolsonaro.
Para cientistas políticos ouvidos pela BBC News Brasil, Tarcísio ser testemunha de defesa de Bolsonaro representou uma prova de lealdade a seu padrinho político, em meio à indefinição sobre quem será o candidato presidencial do campo bolsonarista em 2026.
Tarcísio é um dos principais cotados, mas ele próprio afirma publicamente que seu plano é disputar a reeleição em São Paulo, enquanto Bolsonaro insiste que será candidato em 2026, embora esteja inelegível devido a duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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