Redação, Brasília, 22 de agosto de 2025 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, considera que novas evidências — especialmente mensagens encontradas no celular do ex-presidente Jair Bolsonaro — podem justificar a decretação de prisão preventiva em cela da Polícia Federal, conforme destacado por ele como passo possível dentro do processo em andamento. A decisão definitiva está condicionada a parecer da defesa de Bolsonaro e da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Elementos que reforçam risco segundo Moraes
O indiciamento de Bolsonaro pela Polícia Federal incluiu trocas de mensagens que, para o ministro, configuram descumprimento das medidas cautelares anteriormente impostas, como:
- Comunicações com parlamentares, advogados estrangeiros e apoiadores de manifestações públicas;
- Envio de vídeos por meio de listas de transmissão para mobilizações favoráveis ao ex-presidente;
- Contato com o advogado norte-americano Martin De Luca, apontado como parte da pressão política e jurídica;
- Mensagens trocadas com o ex-ministro Walter Braga Netto, em fevereiro de 2024, violando restrições judiciais;
- E, ainda, a presença de um rascunho de carta de asilo político ao presidente argentino Javier Milei no celular, interpretado como possível indício de intenção de fuga.
Contexto das medidas cautelares
Em 4 de agosto, Moraes determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro, motivada pelo uso indevido das redes sociais — incluindo postagens por terceiros — consideradas formas de coação ao STF e obstrução da justiça. Na ocasião, o ministro alertou que novo descumprimento das medidas imporia prisão preventiva imediata.
Desdobramentos em curso
Atualmente, Moraes aguarda:
- Esclarecimentos da defesa de Bolsonaro sobre os fatos apontados;
- Manifestação da PGR antes de decidir sobre uma eventual escalada da punição — o que pode incluir a prisão preventiva em cela da PF.
Caso seja decretada, a prisão preventiva marcaria um novo capítulo na atuação do STF contra violações graves das medidas judiciais impostas a Bolsonaro.
Conclusão
As mensagens levantadas pela Polícia Federal — consideradas por Alexandre de Moraes como indícios concretos de descumprimento das medidas cautelares impetradas — tornaram palpável a possibilidade real de prisão preventiva para Bolsonaro. A decisão, contudo, depende do desfecho da resposta da defesa e do parecer da PGR, que serão fundamentais para definir os próximos passos na condução judicial do caso.
Fonte: noticiastudoaqui.com