
O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), de oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi escolhido pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), na manhã desta quinta-feira, 18, para ser relator do projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro de 2023. Em entrevista a jornalistas após sua nomeação, Paulinho da Força confessou que, provavelmente, o projeto deve seguir para a redução de pena dos condenados.
"Esta é a ideia que está surgindo em quase todos os partidos. Eu pretendo agora conversar com todos, em todas as bancadas, do centro, da esquerda, da direita, para que a gente possa ter uma linha mestra desse projeto. Tentar nesses próximos dias organizar esse texto para encaminhar para todos e tentar um consenso disso. Tentar agradar gregos e troianos, se conseguir, melhor", afirmou.
Especificamente sobre o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes relacionados a uma tentativa de golpe de Estado, o deputado preferiu não se comprometer.
"Eu não sei se o meu texto vai agradar a todos, ou se vai salvar o Bolsonaro, digamos assim. É o que vamos tentar construir, conversando com todos, construir algo pela maioria", disse.
Paulinho da Força é considerado como um dos deputados que possui maior transitabilidade pelo STF. Ele disse ter uma "relação histórica" com a Corte, em decorrência dos seus 19 anos que atua como deputado. "Tenho uma relação próxima de todos eles e também vou conversar durante esse período para que a gente possa ter o STF pacificado. Não queremos ter um conflito, aí não resolve", ponderou o parlamentar.