Marcos Rocha fica até o fim do mandato e Luana Rocha desiste de disputar a Câmara Federal



Porto Velho, Rondônia, 22 de dezembro de 2025 - Em um ato político que surpreendeu aliados e opositores, o governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), anunciou neste domingo, durante um almoço de confraternização com secretários em Porto Velho, que não mais renunciará ao cargo para disputar uma cadeira no Senado , optando por concluir seu mandato até o final de 2026.

No mesmo evento, confirmou também que a primeira-dama e secretária de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social, Luana Rocha, desistirá de concorrer à Câmara dos Deputados, onde figurava como uma das principais nomes do União Brasil para a disputa federal no ano que vem.

Continua após a publicidade.

A decisão representa um pivô significativo no tabuleiro político rondoniense, alterando planos que vinham se consolidando nos bastidores há meses.

Marcos Rocha, que chegou a articular conversas com lideranças como o ex-senador Expedito Júnior (PSD) sobre uma eventual aliança e oferta de candidatura ao Senado, optou por permanecer no cargo e abandonar a corrida eleitoral.

A mudança de plano surpreendeu correligionários presentes ao evento oficial e tende a redefinir alianças e candidaturas no estado para 2026.

Continua após a publicidade.

O vice-governador Sérgio Gonçalves estará livre na sua postulação ao governo de Rondônia, mas sem o poder que a máquina administrativa confere, com enorme vantagem sobre os demais concorrentes, para quem concorre pilotando o Poder Executivo. Ele estava certo que seria governador por seis meses e candidato à reeleição. Agora, terá que construir uma nova estratégia eleitoral.

Impacto político e reação nos bastidores

Continua após a publicidade.

Até então, a expectativa era de que o governador renunciasse em abril, respeitando o prazo legal que permitiria sua candidatura ao Senado da República. A saída de Rocha da disputa iria abrir espaço para o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil) liderar um projeto de reeleição no Palácio Rio Madeira, mas, com a permanência do atual chefe do Executivo, esse cenário agora se modifica profundamente.

A desistência também implica diretamente no projeto eleitoral de Luana Rocha, cuja potencial candidatura à Câmara Federal vinha sendo considerada de forte competitividade dentro do União Brasil e no cenário estadual.

Nas últimas semanas, a indefinição sobre a participação do casal político alimentou debates internos sobre estratégia e alianças. Com o anúncio público da desistência de ambos, lideranças partidárias começam a recalibrar frentes eleitorais e planos de apoio, reavaliando possíveis coligações.

Cenário eleitoral reconfigurado

O anúncio de Marcos Rocha altera o mapa de candidaturas para o Governo e Senado em Rondônia. Atualmente, além de Sérgio Gonçalves, dois nomes já se firmaram como opções competitivas ao governo: Adailton Fúria (PSD), prefeito de Cacoal, e o senador Marcos Rogério (PL). Paralelamente, outra candidatura emergente — do prefeito de Vilhena, Flóri (Podemos) — começa a ganhar espaço no debate político.

Especialistas ouvidos nos últimos meses já apontavam que a permanência de Rocha no cargo poderia impactar negativamente as chances eleitorais da própria Luana, especialmente por causa da proximidade do vínculo político-administrativo e das restrições legais ao parentesco em candidaturas proporcionais, além do enfraquecimento do apoio da máquina estadual caso o governador não migrasse para a disputa.

Com sua decisão de concluir o mandato, Marcos Rocha sinaliza um foco maior na gestão e nos projetos estaduais em curso, priorizando a estabilidade e continuidade administrativa sobre os riscos inerentes a uma campanha eleitoral.

A expectativa agora se volta para as movimentações no início de 2026, quando o núcleo político que assessora o governador deve reunir-se para redefinir estratégias, anunciar apoios e consolidar chapas para o pleito, moldando a campanha em um contexto já tensionado e competitivo.

Fonte: noticiastudoaqui.com

com finformações do jornalista Marcelo Freire



Noticias da Semana

Veja +