'COCHA' E 'LINDINHO' DERROTADOS - Justiça rejeita pedido de indenização de Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias contra Gustavo Gayer

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Redação, Brasília, 17 de agosto de 2025 — A Justiça do Distrito Federal negou o pedido de indenização por danos morais feito pela ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), e pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO). Na ação, os petistas pediam R$ 60 mil e a retirada de uma postagem nas redes sociais onde Gayer ironizava o relacionamento do casal ao sugerir um “trisal” envolvendo também o senador Davi Alcolumbre (União-AP).

Decisão judicial — Liberdade de expressão e imunidade parlamentar

A juíza Thais Araújo Correia, da 17ª Vara Cível do DF, entendeu que, apesar do teor grosseiro da postagem, o comentário se manteve no âmbito da crítica política — legítima no exercício do mandato – e, portanto, coberto por imunidade parlamentar e pela liberdade de expressão.

Ela destacou ainda que, como figuras públicas, Gleisi e Lindbergh estão sujeitos a esse tipo de crítica e que as declarações de Gayer não foram graves o suficiente para atingir seu patrimônio moral ou denegrir sua imagem de forma justificável à reparação.

Consequências para os autores da ação

A magistrada determinou que Gleisi e Lindbergh arcarem com as custas do processo e honorários advocatícios — fixados em 10 % sobre o valor atualizado da causa.

Outros desdobramentos legais

Paralelamente à ação civil, Gleisi também apresentou queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Gayer, com base em injúria e difamação. O caso está sob relatoria do ministro Luiz Fux, que ainda deverá analisá-lo. A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se favorável à abertura de ação penal, entendendo que a conduta extrapolou o âmbito da atividade política.

Trechos relevantes da decisão da juíza Thais Araújo Correia

“Não vislumbro excesso nas manifestações atribuídas ao réu… os impropérios proferidos… representam apenas a rudeza do interlocutor, inservíveis, no entanto, para desabonar a imagem e honra dos autores.”

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“É de se convir que os autores, como pessoas públicas, não estão infensos a críticas próprias da política…

Contexto político e repercussão

A ação movida por Gleisi e Lindbergh ocorre em meio ao ambiente político tenso entre PT e uma ala bolsonarista do Congresso. A manifestação de Gayer se deu logo após o então presidente Lula chamar Gleisi de uma “mulher bonita” ao anunciá-la na articulação política — declaração que já havia gerado controvérsia.

A negativa da Justiça Cível demonstra, por ora, respaldo à liberdade de expressão no debate político, enquanto a tramitação no STF pode trazer nova decisão com implicações criminais. Resta agora ver se o recurso será apresentado e como o ministro Fux decidirá sobre o processo penal.

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Fonte: noticiastudoaqui.com


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