Real Forte Príncipe da Beira ganha proteção internacional e se afirma como patrimônio global de Rondônia



O histórico Real Forte Príncipe da Beira, localizado às margens do rio Guaporé, no município de Costa Marques (RO), foi oficialmente incluído como bem cultural sob proteção internacional da UNESCO — tornando-se, ao lado do Memorial da Resistência (SP), um dos dois primeiros patrimônios brasileiros a integrar a chamada “Lista Internacional de Bens Culturais sob Proteção Reforçada”.

Erguido entre 1775 e 1783, durante o período colonial português, o Forte é reconhecido como a maior edificação militar portuguesa construída fora da Europa. Com muralhas que alcançam cerca de sete metros de altura e perímetro superior a 900 metros, a estrutura já foi tombada como patrimônio nacional em 1950 pelo IPHAN.

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Símbolo histórico e cultural da Amazônia ocidental

O Forte Príncipe da Beira representa um marco da presença portuguesa no Oeste amazônico — erguido com a missão de consolidar a ocupação territorial e proteger a fronteira brasileira no contexto dos tratados coloniais da época. Sua estrutura abriga inúmeras memórias: das batalhas por territórios disputados, à convivência forçada de escravizados, indígenas e militares que ali trabalharam para erguê-lo.

Com a iniciativa da UNESCO, a importância do Forte transcende o âmbito regional: ele agora passa a ser oficialmente reconhecido como patrimônio cultural de valor universal — o que reforça sua relevância para a história do Brasil e da América Latina, especialmente no contexto da ocupação colonial e da formação cultural da Amazônia.

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Restauração, turismo e salvaguarda

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O reconhecimento internacional coincide com esforços de restauração e valorização do Forte. Desde 2018 há um projeto de conservação da edificação, com intervenções emergenciais em suas estruturas — e com planos de revitalização que envolvem não apenas preservação física, mas também pesquisa arqueológica, educação patrimonial e fortalecimento do turismo local.

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Para os moradores de Rondônia — especialmente da região do Vale do Guaporé —, a proteção da UNESCO representa uma oportunidade para revalorizar a memória histórica, fomentar o turismo cultural e promover o legado ancestral e colonial que marca parte importante da identidade regional.

Um novo capítulo para Rondônia e o Brasil

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Com o elogio internacional vindo da UNESCO, o Forte Príncipe da Beira assume papel de destaque não apenas no acervo histórico do Brasil, mas como um símbolo de patrimônio mundial. A medida reforça a importância de preservar memórias, culturas e vestígios do passado — especialmente em regiões como Rondônia, onde a história muitas vezes se confunde com as fronteiras coloniais, os rios da Amazônia e a riqueza cultural nascida da mistura de povos.


Fonte: noticiastudoaqui.com


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