
Uma cena impressionante e preocupante foi registrada na zona rural de Seringueiras (RO) nesta quinta-feira (11). Moradores encontraram centenas de peixes encalhados às margens do rio São, após o curso d’água transbordar em um momento de chuva intensa e, em seguida, secar de forma rápida e inesperada — deixando espécies aquáticas presas na lama e em pequenas poças isoladas.
Segundo relatos de quem estava no local, o episódio começou após fortes enxurradas que elevaram o nível do rio, seguido por uma redução brusca do volume de água em poucas horas — um processo que, de acordo com especialistas ambientais, pode estar associado às variações climáticas e às características dos regimes de chuva e seca na Amazônia.
Moradores mostraram imagens e vídeos dos peixes lutando para sobreviver na lama ou já mortos, enquanto tentavam se deslocar de volta à água corrente. A cena evidencia a fragilidade dos ecossistemas aquáticos diante de mudanças rápidas nas condições ambientais — especialmente em áreas mais isoladas, onde o impacto da seca e das cheias pode ser ainda mais severo.
Além do choque visual, a situação preocupa ribeirinhos pela perda da fauna local e as implicações para a segurança alimentar e subsistência da comunidade, que em muitas regiões depende da pesca artesanal como fonte de proteína e renda. Pesquisadores alertam que fenômenos extremos — como enchentes súbitas seguidas de seca — podem se tornar mais frequentes em razão das alterações climáticas e da variabilidade hídrica na Amazônia e em seus afluentes. (contexto climático geral)
Autoridades ambientais ainda não divulgaram um levantamento oficial da mortandade nem explicações técnicas detalhadas sobre o ocorrido, nem sobre eventuais medidas de mitigação para prevenir episódios semelhantes no futuro. Porém, moradores já discutem formas de reportar o caso aos órgãos competentes e buscar apoio para monitoramento das condições dos rios na região.
Fonte: noticiastudoaqui.com