
Em meio ao aumento expressivo na conta de luz aprovado pela ANEEL, uma proposta de perdão de dívida bilionária da Energisa com o Estado, vem gerando forte reação política e social em Porto Velho e em toda Rondônia.
Informações apontam que o governo estadual avalia mecanismos para anistiar encargos acumulados desde a época da antiga Ceron, enquanto os consumidores enfrentam reajustes que pressionam o orçamento doméstico e empresarial.
O aumento tarifário — de 15% para residências e ainda maior para outros perfis — mantém aceso o debate sobre prioridades do poder público. Críticos classificam a medida como contraditória: rigor para o consumidor comum e flexibilidade para uma grande concessionária. Parlamentares e entidades de defesa do consumidor cobram transparência e justificativas técnicas para qualquer renegociação.
Mas a grande maioria da bancada política de Rondônia, tanto no Congresso Nacional quanto na Assembleia Legislativa do estado, mantém um silêncio cúmplice e traidor.
O episódio ganha ainda mais repercussão por ocorrer em um estado que é grande produtor de energia, com usinas no rio Madeira, mas onde a tarifa segue entre as mais sentidas no bolso da população.
O governo se mantém silente e não apresenta posicionamento detalhado sobre os questionamentos.
O tema promete continuar no centro do debate público e político.
Principalmente a partir de janeiro de 2026 quando as contas, acrescidas do reajuste silencioso, chegarem nas casas impactando o peso no bolso dos consumidores/eleitores.
INFOGRÁFICO — Entenda os números
Reajuste na conta de luz (ANEEL)
- Residencial: 14,6%
- Baixa tensão: 15%
- Grandes consumidores: 18,5%
Dívida em discussão
- Valor estimado: R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões
- Origem: encargos e multas desde a Ceron
Ponto de controvérsia
- Consumidor paga mais agora
- Concessionária pode ter dívida renegociada/anistiada
Contexto de Rondônia
- Grande produtor de energia (Santo Antônio e Jirau)
- Tarifas ainda elevadas para o consumidor local
Fonte: noticiastudoaqui.com