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NO ALTO PODER DO CRIME - Traficante de RO comanda tráfico na Muzema e financia expansão do Comando Vermelho no RJ

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Operação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público do RJ mira 22 criminosos ligados à facção; investigações apontam que foragido de Rondônia é peça-chave na guerra contra milicianos na Zona Oeste

RIO DE JANEIRO (RJ) — Um dos principais chefes do tráfico de drogas em Rondônia passou a comandar, de forma silenciosa, a atuação do Comando Vermelho (CV) em parte da Zona Oeste do Rio de Janeiro, segundo revelaram investigações da 60ª Delegacia de Polícia (Campos Elísios). Trata-se de Luiz Carlos Bandera Rodrigues, conhecido pelos apelidos “Da Roça” ou “Zeus”, alvo de uma megaoperação deflagrada nesta terça-feira (13) pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).

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Ao todo, a operação visa cumprir 22 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão, todos relacionados a integrantes da facção Comando Vermelho, que tenta ampliar sua influência em comunidades historicamente dominadas por milicianos na capital fluminense.

De Rondônia à Zona Oeste do Rio

Luiz Carlos, natural de Fortaleza (CE), fez carreira no tráfico em Rondônia, onde se tornou um dos nomes mais temidos no submundo do crime. Após a pandemia da Covid-19, ele se refugiou no Rio de Janeiro, encontrando espaço e abrigo entre aliados do CV. Segundo a investigação, ele teria financiado diretamente a retomada da comunidade da Muzema, zona até então controlada por milicianos.

Com a consolidação da presença da facção na região, “Zeus” ganhou notoriedade entre a cúpula da organização criminosa, especialmente com Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca” ou “Urso”, um dos chefes do CV no Complexo da Penha, na Zona Norte. A parceria consolidou Luiz Carlos como responsável pelo tráfico na Muzema e impulsionou seus planos de expansão territorial para a comunidade de Rio das Pedras — outro bastião miliciano.

Denúncia e reforço da facção

O MPRJ já apresentou denúncia formal contra Luiz Carlos e outros integrantes da organização, apontando o envolvimento direto de “Zeus” em ações armadas, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e formação de milícia privada. A atuação do traficante de Rondônia não se limita ao fornecimento de recursos: ele também teria mobilizado logística de armamento e recursos humanos, deslocando criminosos de fora do estado para fortalecer as frentes do CV na capital fluminense.

Operação em andamento

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Ooperação desta terça-feira mobiliza centenas de agentes da Polícia Civil, com foco em comunidades da Zona Oeste e endereços ligados aos alvos nas Zonas Norte e Sul do Rio. A Muzema, cenário de sucessivos confrontos entre facções e milicianos, continua sendo uma das áreas de maior tensão no atual contexto da guerra do tráfico.

As investigações seguem em sigilo parcial, mas os investigadores destacam que o envolvimento de traficantes oriundos de outros estados no comando do tráfico no Rio representa um novo padrão de atuação do crime organizado, com articulações nacionais entre facções e redes de apoio interestaduais.

A Polícia Civil de Rondônia também acompanha os desdobramentos, uma vez que Luiz Carlos é investigado em inquéritos que envolvem homicídios, tráfico interestadual e associação criminosa armada no Norte do país.

Fonte: noticiastudoaqui.com

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