
Redação, Porto Velho (RO), 25 de novembro de 2025 - Dois detentos com tornozeleira eletrônica, foram detidos pela Polícia Militar no município de Vilhena (RO) nas últimas 24 horas, após serem flagrados em desacordo com as restrições de uso dos aparelhos.
Ao serem abordados, os suspeitos reagiram com provocação e ironia, reforçando o debate sobre a eficácia do monitoramento por tornozeleiras no estado.
Prisões e provocações
Na noite de ontem, uma guarnição da PM que patrulhava nas imediações do Hospital Regional de Vilhena abordou um homem que vestia uma tornozeleira eletrônica — equipamento que monitora a localização de pessoas em prisão domiciliar. Ao verificar o número do aparelho, os policiais constataram violação da ordem judicial: o detento não poderia estar fora de casa naquele horário.
O detido, em tom de deboche, teria dito:
“Podem me prender, amanhã já estou solto!” e “já é a quarta vez que me advertem, não dá nada!”
Ele foi conduzido à Unisp, submetido a exame de corpo de delito e encarcerado na Colônia Penal.
Pouco depois, outro detento — de 44 anos — também foi abordado em patrulhamento de rotina, na Avenida Curitiba, em Vilhena. A Central de Monitoramento indicou que ele estava fora de casa fora do horário permitido. Ao ser preso, repetiu o tom de escárnio: “estão perdendo tempo com isso, não dá nada!”
Questionamentos sobre o uso das tornozeleiras
Os episódios reacendem o debate sobre a eficácia do uso de tornozeleiras eletrônicas como medida alternativa à prisão tradicional. Apesar de ser um instrumento de monitoramento, a facilidade com que alguns detentos burlam as regras — seja saindo de casa ou ignorando as determinações — expõe fragilidades no sistema de fiscalização.
Pela lei, o uso da tornozeleira permite que o condenado cumpra a pena em regime domiciliar, com regras rígidas de permanência e deslocamento. No entanto, os flagrantes em Vilhena mostram que nem sempre essas condições são respeitadas.
Reação da sociedade
As prisões recentes chamam a atenção de moradores de Vilhena, que veem com preocupação a reincidência de detentos recém-libertados, mesmo usando tornozeleira — e a impunidade, na visão de muitos, quando afirmações como “amanhã já estou solto” ganham tom de desafio.
Para as autoridades, os casos reforçam a necessidade de fiscalização mais rígida e de revisão dos critérios de concessão de tornozeleiras, bem como uso de sistemas de monitoramento mais eficientes.
Fonte: noticiastudoaqui.com