Inspirada na Operação Lava Jato, umas das investigações mais importantes da história política do Brasil, a série “O Mecanismo” traz muitas figuras da vida real para as telas. Grandes nomes da política, polícia e economia brasileira fazem parte da investigação levantada pelo personagem de Selton Mello na produção da Netflix.
Veja quem os personagens da série criada por José Padilha (“Narcos”, “Tropa de Elite”) representam na vida real e compare.
O delegado de polícia interpretado por Selton Mello também foi inspirado na vida real: trata-se de Gerson Machado, considerado marco inicial da Operação Lava Jato, após as investigações que incriminaram o doleiro Alberto Youssef.
Na série, o doleiro é representado pelo personagem Roberto Ibrahim (Enrique Diaz). É a partir dele que se desenrola a investigação da Operação Lava Jato. Isso por que o empresário era dono de uma casa de câmbio falsa para repasse e lavagem de dinheiro, localizada em cima de um posto de gasolina na cidade de Londrina (PR).
A atriz Carol Abras protagoniza a série ao lado de Selton, como a delegada Verena, que faz referência a Erika Marena, da Polícia Federal. Marena atuou durante dois anos na Operação Lava Jato e hoje é Superintendente da Polícia Federal em Sergipe.
Em “O Mecanismo”, João Pedro Rangel (Leonardo Medeiros) é o diretor da PetroBrasil e, claro, faz referência ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás na vida real, Paulo Roberto da Costa. Acusado de corrupção, o engenheiro também se beneficiou do acordo de delação premiada.
Interpretada por Sura Beroitchevsky, Janete é candidata à presidência. No início da série, ela utiliza a expressão “estocar o vento”, que ficou famosa em discurso realizado pela presidente Dilma em 2015.
O personagem de Arthur Khol representa o presidente Lula. Em “O Mecanismo”, João Higino é retratado em meio à campanha presidencial para eleger sua colega de partido.
Em uma de suas cenas mais importantes, ele utiliza a expressão “estancar a sangria”, que ficou famosa, na realidade, quando dita por Romero Jucá, senador do partido de Temer, fazendo referência a esforços para brecar a Lava Jato.
Moro ficou famoso em 2014 por ser o juiz da primeira instância da Operação Lava Jato. Na série, ele aparece como Paulo Rigo (Otto Jr.), personagem cuja história é contada principalmente pela narração dos protagonistas, que o retratam sob sua grande vaidade política.
Lúcio Lemes (Michel Bercovicht) também aparece como principal concorrente de Janete Ruscov à presidência. Na cena, ele conversa com o personagem que representa Michel Temer sobre a decisão da candidata de não frear as investigações.
A cafetina interpretada por Alessandra Colasanti foi baseada em uma mulher com quem Youssef mantinha um caso. Em depoimento, Nelma Kodama, afirmou que as prostitutas que agenciava eram usadas para distribuir o dinheiro desviado em Brasília.
Os dirigentes das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção também aparecem na série. Entre eles, o grande destaque é o empresário Marcelo Odebrecht, condenado em 2016 a 19 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Na série, ele é interpretado pelo ator Emilio Orciollo Netto como Ricardo Brecht, presidente da companhia Miller & Brecht.
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