Investimentos em pesquisas promovem rede científica e legado aos setores produtivos de Rondônia



A cadeia científica do Estado de Rondônia é promovida por meio de investimentos em pesquisas na Piscicultura e no Agronegócio. O Conselho de Desenvolvimento (Conder) disponibilizou mais de R$ 3 milhões por meio do Fundo de Investimento e Desenvolvimento Industrial (Fider), mediados pela Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi), e fomentados através de editais pela Fundação Rondônia de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas Tecnológicas e à Pesquisa (Fapero).

O Conselho contribui na construção e qualificação da produção do Estado de forma econômica. A perspectiva de legado, com ações de pesquisa e desenvolvimento nesses setores, consolida uma base para maiores investimentos e interesse de investidores. As pesquisas podem gerar produtos como um relatório técnico ou boletim, ou uma patente, definidos pelos pesquisadores.

EDITAIS

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Para as Ciências Agrárias, os pesquisadores podem submeter projetos voltados à agronomia, recursos florestais e engenharia florestal, engenharia agrícola, zootecnia, medicina veterinária, ciência e tecnologia de alimentos, engenharia de alimentos, dentre outros, onde até cinco pesquisas de inovação tecnológica serão selecionadas para o investimento e desenvolvimento do Agronegócio em Rondônia. “A pesquisa básica é o início do conhecimento, que estrutura e propõe a aplicabilidade de produtos em busca de resultados, que é a pesquisa de inovação”, explicou o bioquímico Andreimar Soares. No regimento do Fider, há investimentos voltados a esse setor produtivo. R$ 600 mil estão sendo viabilizados pela Fapero, e o recurso deve contribuir com custeio, capital e bolsas de capacitação, vigente por 12 meses.

Por sua demanda de produção, a Piscicultura é um arranjo produtivo local do ponto de vista econômico para Rondônia. O tanque escavado é um dos principais difusores de pequenos produtores no Estado e um dos pilares para o desenvolvimento das propostas de pesquisas nesta chamada pública. O edital contempla o recurso de R$ 2.593 milhões da fonte do Fider, com destinação de valores conforme a linha de pesquisa, já repassadas pelo Conder, nesse caso com nove faixas na área, sendo:  Georreferenciamento da sanidade piscícola e da fauna parasitária no Estado de Rondônia, Bioprospecção de produtos naturais com potencial antiparasitário para controle da sanidade do peixe, Desenvolvimento tecnológico para nutrição e aplicação de aditivos de controle sanitário do pescado por meio da alimentação, Análises físico-químicas do pescado para avaliação do impacto das parasitemias na conversão alimentar e na sanidade do peixe, Avaliação do potencial genotóxico de produtos utilizados no controle da sanidade do peixe e caracterização histopatológica e hematológica da sanidade de peixes de importância econômica, Desenvolvimento de sistema para experimentação in vivo em estudos de produção de peixes em cativeiro, Estudos sobre a influência da qualidade da água na sanidade do peixe e no meio ambiente, Desenvolvimento de métodos de manejo para controle sanitário da piscicultura praticada em tanque escavado, e Estudo de caracterização da microbiota presente nos tanques e no pescado e seus impactos no desenvolvimento do peixe.

“Estamos inseridos na Amazônia, de forma sustentável é preciso analisar essa biodiversidade e buscar potenciais fármacos que podem servir em tratamentos”, comentou Andreimar.

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PROCESSO SELETIVO

A Fapero viabiliza a utilização dos recursos, busca os pesquisadores, que devem possuir doutorado com competência científica e tecnológica para responder e tentar resolver os questionamentos levantados pelo Conder em cada linha de pesquisa, e é responsável pelo processo seletivo que inclui quatro etapas nos moldes do sistema de análise utilizado pelo Governo Federal, com isenção de conflitos de interesse e total transparência.

A primeira fase é o enquadramento que analisa a documentação solicitada no edital. A segunda, será de análise pela meritocracia, por pesquisadores doutores de ciências agrárias de outros estados, sem conflito de interesses e com sigilo de identidade, conforme o edital, que busca reconhecer alguns critérios, como clareza da proposta, formação acadêmica, critérios gerenciais e financeiros, dentre outros. A terceira etapa será de análise por comitê interno, com a participação de pesquisadores do Estado e de outras localidades, sem conflitos de interesse e sem participação interna, reavaliando as propostas e os relatórios da segunda fase, para homologar as propostas participantes. E, então, a última etapa com a entrega de documentos e apresentação da instituição executora, que é corresponsável pela pesquisa.

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Fonte: Secom - Governo de Rondonia 



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