Floresta plantada atrai de pequenos a grandes produtores
O aumento de áreas plantadas de espécies exóticas como o pinus e eucalipto são mais uma alternativa econômica que alavanca o agronegócio no Sul do Rondônia, depois da farta produtividade pecuária e de grãos como milho e soja. O cultivo de matas exóticas e nativas, bem como os respectivos desdobramentos foram pautas do 4º Seminário sobre floresta plantada encerrado no sábado (25), em Vilhena.
O plantio de florestas começou tímido em Rondônia há pouco mais de 25 anos e vem atraindo interesse de pequenos, médios e grandes produtores em várias regiões do estado. Pinus e eucalipto são as espécies mais cultivadas no Sul rondoniense devido à exigência da planta por solo pobre. A meta dos grandes produtores da região é alcançar nos próximos três anos 5 mil hectares de árvores plantadas.
Com essa projeção, os empresários esperam garantir melhores preços e pretendem abrir uma usina de resinagem na cidade. No caso, a indústria terá condições de processar a goma resina, matéria prima do pinus, para ser vendida a preços competitivos no mercado nacional. Atualmente, a resina bruta é processada em São Paulo, o que reduz o valor comercial em Rondônia.
Plantar árvores em Rondônia é um grande negócio. Com esse slogan, o 4º Seminário dirigidos produtores rurais e a acadêmicos apresentou as viabilidades econômicas e socioambientais do cultivo de florestas com fins lucrativos. No evento, as perspectivas de crescimento do setor foram abordadas em painéis por palestrantes nacionais e internacional.
“Os países asiáticos e europeus estão reduzindo os plantios e atuando com mais força na indústria de transformação. O Brasil se apresenta como um dos principais fornecedores de matéria prima e ainda não consegue atender a demanda desses mercados”, assegurou o palestrante Laércio Couto, professor na Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, e consultor florestal em diversas multinacionais. Couto considera a floresta como “riqueza que brota do chão”.
Outras espécies exóticas como Teca e os Mognos Asiático e Africano e também a espécie nativa Paricá, já ocupam áreas a partir da região central do estado, onde o solo é rico em nutrientes. O destino dessas madeiras exóticas é o exterior. Já a madeira da espécie Paricá, tem largo consumo interno.
Viveiro de mudas
Com 34 anos de vivência no ramo de floresta plantada e 18 anos no mercado de viveiro de mudas de espécies exóticas e nativas, o consultor florestal Adilson Pepino, da Florasetec em Ji-Paraná, detalhou em palestra no seminário sobre as técnicas de plantio de algumas espécies.
Ele apresentou os custos a serem aplicados na formação de floresta, principalmente ao pequeno agricultor que pretende diversificar a produtividade sem desvincular da atual atividade econômica exercida na propriedade.
“Numa área degradada de um hectare utilizando a técnica de espaçamentos de plantio em 3x3 para Teca e Paricá, e de 4,5x5 para mogno africano o pequeno produtor ainda poderá plantar e/ou criar gado entre as plantas. Isso vai trazer maior rentabilidade na propriedade dele”, explicou o consultor florestal, detalhando que o custo das mudas não chega a R$ 2 mil para 1111 plantas de Teca ou Paricá.
“No caso do pinus e eucalipto o custo é bem menor”, frisa Pepino. Agentes financiadores oficiais dispõem de linhas de créditos ao plantio de floresta com juros diferenciados em relação ao mercado.
Texto: Paulo Sérgio
Fotos: Frank Néry
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