LOGÍSTICA – Rondônia sonha com ferrovia para poder competir
Rondônia, em termos de logística, é um estado rodoviário. Com cerca de 50 mil quilômetros de malha viária, depende integralmente do transporte terrestre para escoar suas riquezas. Não temos um quilômetro de ferrovia e o canal hidroviário do Rio Madeira, de Porto Velho até Manaus, cerca de 800 quilômetros, tem trechos afetados por assoreamentos que dificultam a navegação e paralisam o transporte no alto verão.
Esse é o mal do Brasil que de Juscelino Kubitschek de Oliveira para cá, não investe em hidrovias nem em ferrovias. Até porque fazer rodovia é mais rápido que fazer ferrovia. A estrada de ferro demora mais e exige maior investimento e grandes projetos. Embora, depois de pronta, represente mais economia na hora de transportar mercadorias e produtos, principalmente em um país continental como o Brasil.
Quando o Brasil comemorou o primeiro centenário da independência, em 1922, tínhamos 29 mil quilômetros de ferrovia. Agora, 96 anos depois, mal passamos dos 30 mil quilômetros. Exatamente, 30.576 quilômetros. Ou seja, levamos quase 1 século para construímos a espantosa quantidade de 1 mil e 576 quilômetros de ferrovia. A Argentina, que tem um terço do Brasil, conta com 7 mil quilômetros a mais que nós em seu território.
Quem tem frete mais barato, seja ferroviário, hidroviário ou marítimo, compra e vende mais barato. Os produtos custam menos para o consumidor. Nesse item, perdemos para todo mundo. O transporte terrestre, em longas distâncias, como é o caso de Rondônia, é uma irracionalidade já que o frete do caminhão custa até três vezes mais que o ferroviário, por exemplo. Com esse custo não há como competir com ninguém.
Embora o Brasil faça opção por estradas terrestres, a nossa malha viária de 1,8 milhões de quilômetros está longe da qualidade exigida para um tráfego seguro. As pesquisas mostram que 70% das rodovias são de péssima qualidade ou, na melhor hipótese, regulares.
Mas existe a esperança de algum avanço ainda este ano. Ela é baseada em três leilões para a concessão de três trechos de ferrovias que o governo pretende realizar.
O primeiro é o da Ferrovia Norte-Sul, no trecho de 1.537 quilômetros entre Porto Nacional (TO) e Estrela d'Oeste (SP), que já está quase 100% construído. O lance mínimo previsto nos estudos é de R$ 1.097 bilhão, pelo direito de explorar o trecho por 30 anos. O governo aguarda o sinal verde do Tribunal de Contas da União.
O segundo é o da Fiol, entre Tocantins e Bahia, que está com 70% da infraestrutura pronta, e o terceiro é a Ferrogrão, entre Mato Grosso e Pará, que não tem sequer um trilho instalado.
E existe ainda, o sonho de Rondônia se beneficiar com a construção da Transoceânica, principalmente se ela começar no trecho Centro Oeste, de Sapezal a Porto Velho.
A necessidade existe e é gritante. A tecnologia também. O dinheiro, o mundo tem. Falta a vontade política, ambiente estável e segurança jurídica.
Um vídeo oportuno que vem circulando nas redes sociais mostra a sofisticada tecnologia em uso, no Brasil, para a construção de ferrovia. No caso, a obra é realizada pela Vale do Rio Doce no trecho Marabá/SãoLuiz. Embora as informações que o acompanha o vídeo seja diversa e falsa.
Veja o vídeo:
Fonte: noticiastudoaqui.com
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