Praças e monumentos em Porto Velho continuam em estado de abandono
Porto Velho, RONDÔNIA – Apesar do Caetano Veloso cantar que a ‘ praça é do povo, assim como o céu é do avião’, nesta Capital, ao longo de sua criação, crescimento e desenvolvimento, não consolidou uma cultura de preocupação e respeito com a manutenção das praças e monumentos históricos.
É o estado de abandono e descaso que alguémver quando procura conhecer os equipamentos e acervos culturais, como o patrimônio histórico dos porto-velhenses. À frente de tudo, “estão o Complexo Ferroviário, praças alusivas a heróis da Pátria, do Município e do Estado”, assinala Edileusa Silva, 33, acostumada a visitar centros antigos na Amazônia Legal.
No Centro Antigo da cidade, numa rápida retrospectiva feita pela Reportagem do noticiastudoaqui,com, o destaque deste abandono à cultura e ao acervo histórico, é o registro da ausência de uma consciência nítida da importância que são as praças, museus, teatro e logradouros destinados à população.
Existe toda uma legislação federal que trata da manutenção de imóveis tombados, como é o caso da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM), Vila Santo Antônio, Prédio do Relógio, Locomotivas, cartas cartográficas, material impresso (livros raros, jornais, revistas e até folhetos em cordéis).
No caso das praças públicas locais, é grande o estado de degradação e os sinais de abandono de todas as áreas públicas. Salta aos olhos de nativos, turistas e visitantes à cata de cultura, lazer e entretenimento nos ambientes municipais, estaduais e federal, a enorme decepção e reprovação.
Nas andanças diárias do repórter desse noticiastudoaqui.com, se registro o abandono, quase proposital, das estátuas alusivas ao Marechal Cândido Mariano Rondon, Getúlio Vargas, Jorge Teixeira e Jonathas Pedrosa, respectivamente, fincadas nas praças e avenidas da Região Central e em frente à Rodoviária Municipal.
Quem se aproxima do Fórum Criminal,na área central do Centro Antigo da cidade, (Avenidas Rogerio Weber com a Sete de Setembro), logo percebe o tamanho do abandono que é a praça em homenagem a Marechal Cândido Mariano Rondon. Lá, antigamente, havia chafariz refletindo um lindo espelho d’água, além de quelônios e peixes. Esses, em cardumes.
- Atualmente, só restou a estátua de Rondon suja e servindo de latrina para passarinhos e pombos, alerta uma permissionária de uma lanchonete local que usa o espaço para comercializar seus produtos.
Francisco Neto, técnico de TI que passeava na praça Marechal Rondon, também conhecida como ‘Praça do Baú’ disparou: “O que vou dizer aos meus filhos se só vejo coisas negativas nas praças públicas e monumentos abandonados? Nos monumentos em homenagens aos heróis e vultos históricos Rondônia?”
Segundo ele, “parece que atéquem já escreveu livros sobre a memória da cidade de Porto Velho, não se importa. Nem tampouco as autoridades que são pagas para manter viva a chama dessa história. E como é que fica o cidadão diante desse abandono proposital?”
O pior é que o problema se estende à periferia da cidade. Nos bairros Esperança da Comunidade, Tancredo Neves, JK 1 e 2, Mariana, Jardim Santana, Ulysses Guimarães, passando ainda pela Lagoinha e Lagoa, região Leste da Capital, “o descaso é ainda maior com o abandono de praças e centros de atenção ao cidadão, conforme conferiu o repórter.
- A preservação do patrimônio público é uma questão de cidadania, é o que diz o contador Roberto dos Santos, que saiu da Sul para morar no Bairro Tancredo Neves.
Elelevou os filhos à praça do Centro Unificado de Artes (CEU), na Rua Benedito Inocêncio, na Zona Leste e se deparou com a falta do sinal do WI-FI Livre, acesso à Internet gratuita ofertada pela Prefeitura. Além disso, identificou que a programação cultural ainda é praticamente inexistente. Embora tenha encontrado acervo mínimo da biblioteca e serviços oferecidos pelo ID-Jovem (Cadastro Único). Mas, elogiou as atividades desportivas.
Na Zona Leste, registra-se ainda, o abandono de áreas públicas de lazer como a pracinha da Avenida Ponta Negra e Elvira, no Bairro Três Marias, onde se ver equipamentos danificados, impedidos de uso pelas pessoas de todas as idades. A mesma situação é verificada com os acessórios destinados as atividades físicas nas praças dos bairros Esperança da Comunidade, Tancredo Neves, Mariana e Ulysses Guimarães.
Entenda o caso
Para um ex-secretário da Secretaria de Esporte e Lazer, com assento em sala de aula da rede de ensino estadual da Zona Leste, que não quer sua identidade revelada, `no caso especifico de abandono das praças públicas em Porto Velho, ainda inexiste secretaria, um programa de comprometimento com aconservação deparques e jardins`.
Segundo ele, `os gestores até aqui, sempre alegaram que licitações para manutenção dos monumentos estariam em andamento. Falta uma coisa séria, impositiva, para a realização da manutenção do patrimônio público`.
- O que se ver, são estátuas como as do Marechal Rondon, Getúlio Vargas e Jorge Teixeira, continuarem servindo de latrina para passarinhos e pombos, concluiu o ex-titular da SEMES que, também, teve ligeira passagem pelo Palácio Presidente Vargas, atuando no Governo do Estado.
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