A ‘velhacaria’ está de volta

O retorno de vigilantes físicos, armados ou desarmados, às escolas públicas do estado, está outra vez, em discussão na Assembléia Legislativa de Rondônia através de audiências públicas.

Este serviço foi extinto em 2013, no primeiro mandato do ex-governador Confúcio Moura. Motivou a ação, o alto custo aos cofres do estado, ao contribuinte e a pouca efetividade no objetivo de evitar crimes de furtos, roubos, depredação e outros danos ao patrimônio Público.

Foi implantada a Vigilância Eletrônica que utiliza câmeras de segurança nos colégios para fazer o monitoramento dos criminosos. Muito mais barata, não trocam tiros com ninguém, não geram a ‘bala perdida’, não põem em risco alunos nem profissionais da educação e tampouco as pessoas do entorno escolar.

As Câmeras registram o fato e a imagem dos criminosos, a hora, o modo operante e oferecem elementos para as polícias civis e militares atuarem na resolução do crime. Os danos são somente patrimoniais, substituíveis. Não há vidas em risco.  

Mas os setores empresariais, sindicais e políticos nunca aceitaram esta mudança. À época, utilizou-se todo tipo de chantagem emocional, apelos, manipulações e muitas notícias falsas buscando comover a opinião pública. O tempo e a firmeza do governante foram aplacando os ânimos e baixando a poeira.

Mas não ficou esquecido.

Agora, tentam mais uma manobra através das manipuladas audiências públicas, onde o público que trabalha e produz riquezas não tem tempo para estas coisas e, nem sempre são convidados ou, sequer, tomam conhecimento.

Então, quem ocupa as cadeiras do auditório, a maioria vazia, nestas ‘audiências públicas’? As partes interessadas, seus assessores e meia dúzia de pessoas manipuladas.

Se fizer uma pesquisa nesses ambientes, dificilmente se achará alguém que exerça alguma atividade efetivamente produtiva. A absoluta maioria, senão todos recebem contracheques cobertos com dinheiro público.

E por que querem o retorno do vigilante físico? Simples: o negócio dá muito dinheiro, mas muito mesmo! E aí todo mundo se dá bem. Menos o cidadão eleitor contribuinte que pagará todas as mordomias e privilégios aos envolvidos e interessados.

É só lembrar que estamos falando de mais de 400 escolas espalhadas no estado, grande parte em locais aonde nunca chegará uma fiscalização. Lugar em que o vigilante só aparecerá na planilha de cobrança da fatura. Era uma das fraudes que mais acorria.

Imagine um produto que você compra por 1 salário mínimo e vende por 5 ou 6? Será que dá lucro?

Pois é. Dá tanto que Rondônia tem gente poderosa, muito poderosa, com muito dinheiro e poder político além de sindicalistas que nunca mais ficaram pobres. Tudo extraído do contribuinte usando o vigilante como isca, desculpa e justificativa. E, claro, com governantes permissivos.

Delegacias e o judiciário têm muitos registros dando conta de inúmeras condutas criminosas e ilicitudes diversas advindas desse meio. Até cano trabalhista em jornalistas existe. Precisa de mais?  

OsmarSilva-jornalista-presidente da Associação da Imprensa de Rondônia-AIRON-diretor do noticiastudoaqui.com-WahtsApp 99265.0362-sr.osmarsilva@gmail.com