Calama um lindo lugar onde termina Rondônia e começa o Amazonas
Quando estive pela primeira vez no distrito de Calama foi uma verdadeira surpresa. Nunca antes eu tinha descido o rio Madeira. E olha que foram 8 horas de voadeira passando por povoados como Nazaré e São Carlos. A surpresa veio ao me deparar com um lugar tão lindo, bem cuidado, tomado pela tranqüilidade.
Essa calmaria pode ser explicada porque Calama está situada no meio da floresta amazônica e na margem direita do rio Madeira. Sendo o último distrito de Porto Velho, já na divisa entre Rondônia e o Amazonas.
O vilarejo está bem próximo da foz do rio Machado, rio que corta a região central de Rondônia. São pouco mais de 700 famílias que residem no lugar, segundo o IBGE. Quem mora ali tem costumes de ribeirinhos. Sobrevivem da pesca artesanal, da colheita de açaí e castanha do Pará. Outra atividade forte é o plantio de mandioca para a fabricação de farinha d’água, que é utilizada para o consumo próprio e parte vendida para Porto Velho.
No lugar não há carros e nem ruas. São calçadas ou caminhos no chão batido ou passarelas sobre igarapés ou sobre o próprio rio Madeira que quando enche sai da sua caixa e banha os arredores. É comum as pessoas descerem as escadas de suas casas e entrarem no bote e remar até outros pontos da região.
Fiquei três dias em Calama. Foi o suficiente para perceber que a relação, de quem mora ali, com o rio e a floresta é intensa. É também de dependência. É pelo rio que chega tudo que as pessoas precisam. Também é pelo rio que sai tudo o que é produzido no lugar. O rio é um canal que conecta Calama com o mundo. Os doentes são socorridos pelo barco ambulância. Durante as eleições, para que os eleitores possam realizar seu direito ao voto, as urnas, também são trazidas por meio do rio.
Uma cena me chamou atenção, nos dias que estive em Calama, um professor faleceu vítima de um enfarte. No local há cemitério, porém, por decisão dos familiares, o corpo foi sepultado em Humaitá já no estado do Amazonas, que também só pode ser acessado de barco, uma média de quatro horas de voadeira. Eu estava na frente da pousada quando o cortejo, a pé é claro, passou com o caixão descendo o barranco do rio para chegar ao barco e seguir até Humaitá.
Calama é um lugar a se visitar, possui apenas duas pousadas e na hora do almoço e jantar servem peixes que é tradicional, mas também há outros pratos a disposição. Nada de luxo, tudo muito simples, mas o suficiente para a experiência ser inesquecível.
Fonte: Alessandro Lubiana - NewsRondônia
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