SOCIAL – ‘Prato Cheio’ da Zona Leste é aplaudido pelos usuários

Zona Leste (PVH-RO) – Ainda sem oferecer o café da manhã, mas para comodidade dos usuários, entre os quais comerciários, ambulantes, camelôs, agricultores, operários, moradores de rua, aposentados e até fotógrafos e jornalistas, o Restaurante Popular Prato Cheio, continua oferecendo comida boa a R$ 1, diariamente.

Estrategicamente instalado nas proximidades do antigo 8º Distrito Policial (Rua Teotônio Vilela com Avenida José Amador dos Reis, no Bairro Tancredo Neves), o ‘Prato Cheio’ foi instalado pelo governo Confúcio Moura, como objetivo de atender a população em situação de vulnerabilidade social e pessoal, num momento de profunda crise que o Brasil vivia, gerando desemprego a todo instante. Segundo a acadêmica Francisca da Silva, 53, “recebo o meu PF de cada dia no Prato Cheio, como uma boa notícia para mim e muitas famílias”.

Administrado pela secretaria de Assistência Social (SEAS), o empreendimento, de acordo com a nutricionista e coordenadora, Creuza Firmino (informou este site enquanto pegava o ônibus para onde mora, na Zona Sul), “as refeições são planejadas por nutricionistas. A comida servida aqui é balanceada e reforça no fortalecimento das demais refeições das pessoas”.

- São compostas de produtos saudáveis, 100% tirados das praças e centros agrícolas da cidade, informa um dos coordenadores setoriais do Restaurante, e diz que o restaurante tem a capacidade de oferecer até 1.500 pratos por dia e atender 180 clientes, de cada vez, sentados.

O Prato Cheio da Zona Leste, segundo o sitiante Francisco de Assis Machado, aposentado do INSS, morador do quilômetro 13, da BR-319, pai de um rico empresário local, diz que o arroz, feijão, carne e as guarnições de legumes e verduras, além de massas, “ajudam na importância do primeiro reforço da minha alimentação fora de casa”.

Já o pedreiro Carlos Augusto, ex-universitário de engenharia civil da Universidade Federal de Rondônia-UNIR diz que, “para ficar completo esse projeto, precisa servir café da manhã a R$ 0,50”.

Sobre o assunto, agentes da caixa registradora de ticket disseram, no entanto, que, “essa proposta chegou a ser analisada pelo grupo gestor”. Porém, foi descartada vez que o governo cobre os custos com R$ 5,81 do valor das refeições (o prato) e os clientes pagam, apenas R$1, mantendo-se, desse modo, o projeto original.

Voltado para famílias e pessoas em situação de risco social e pessoal, acaba atendendo toda a comunidade do entorno do restaurante, indistintamente. Para se ter ideia do alcance entre usuários, já a partir das 7h, os tíquetes começam a ser vendidos, com refeições servidas das 11 às 14h (segunda a sexta-feira), as filas ficam imensas e chegam a dobrar o quarteirão rumo a   avenida Amador dos Reis.

Conta o usuário Isaac dos Santos e Silva, 65, vizinho de seu Francisco Paraná, 68 anos, moradores próximos à Vila Viçosa, na Zona Sul desta Capital, “que tudo ficaria melhor se o governador Daniel Pereira ou o prefeito Hildon Chaves, almoçassem todos os dias com a gente”. “Talvez, a gente comesse muito mais pagando apenas uma refeição”, deixaram escapar.

DelmoLima de Assis, 45, diz que o projeto o Prato Cheio tem um nome modesto e fácil de gravar na memória dos usuários e da população em geral. Para ele, “o restaurante é bom programa de desenvolvimento social voltado a segurança alimentar das pessoas mais necessitadas”.

O comerciárioDelmo é lembrou alguns fatos ocorridos na inauguração. Segundo ele, “pessoas se valiam da compra em série de tíquetes em detrimento de outras”. Mas, o problema foi corrigido a tempo, pois, teria chegado aos ouvidos do ex-governador Confúcio, idealizador do projeto, que haviam ‘malandros’ vendendo os bilhetes com ‘alto lucro”.

Delmo revelouao noticiasstudoaqui.com que pretende escrever ao atual governador, Daniel Pereira, após ouvir de vários clientes na loja onde trabalha, pedido para que coloque outros “Prato Cheio” na cidade, principalmente, nas zonas Sul e Norte da cidade.

XICO NERY