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MATO GROSSO DO SUL — Caminhoneiros vão "peitar" o Exército

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Caminhoneiros prometem resistir caso o Exército e outras forças federais atuem para desmobilizar o movimento, iniciado na última segunda-feira (21). Estacionados à beira das rodovias federais em Mato Grosso do Sul, são 38 locais interditados pelos manifestantes até esta tarde. Em Campo Grande, são quatro os locais de bloqueios: nos quilômetros 324, 462, 477 e 492 da BR-163 e 324 da BR-262.

Anúncio feito pelo presidente Michel Temer no começo da tarde autorizou o uso das Forças Armadas para liberar estradas bloqueadas por caminhoneiros caso não haja um refluxo no movimento, que entrou no quinto dia hoje.

“Convocamos a população para nos ajudar se o Exército vier. Não estamos bloqueando a rodovia. Estamos no acostamento e os carros estão passando”, disse o caminhoneiro, Rayre Paes Fernandes, 28 anos, estacionado na BR-163, próximo ao posto Caravaggio, no anel viário.

Para ele, o acordo anunciado ontem pelo governo federal, que previa fim da greve depois de zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE-combustíveis) e prorrogar por 30 dias a redução de 10% no preço do diesel, não representa os anseios da categoria.

“O acordo de ontem foi um golpe para desmobilizar a categoria. Quem assinou acordo não nos representa. Tanto é que não adiantou nada. Continuamos aqui”, sustentou.

Também na BR-163, Claudemir Fernandes, 36 anos, não acredita que Exército ou alguma outra força atue contra os manifestantes. “A própria PRF está com a gente. Orientou-nos pra continuarmos na beira da rodovia, sem bloqueios, que não tem problema”.

Segundo a assessoria do Ministério da Segurança Pública, informou em sites nacionais, as forças federais incluem Exército, Marinha, Aeronáutica, Força Nacional de Segurança e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Em Mato Grosso do Sul, a PRF informou ao Portal Correio do Estado: “Ainda não recebemos um plano de ação. Estamos aguardando determinações”. “Mesmo assim, quanto à possível decisão do governo federal, acreditamos que ele fazia referências a pontos em que a rodovia foi realmente obstruída o que não é o caso do MS”.

Em seu pronunciamento, o presidente apelou ainda para que os estados mobilizassem suas forças para retrair os protestos. O Governo do Estado de MS informou que está “analisando a situação”. 

LÚCIA MOREL e JONES MÁRIO
Foto Valdenir Rezende
Correio do Estado


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