Nos 104 de PVH, revitalização da Madeira Mamoré nos remete ao tempo das usinas problemas na Amazônia
No documento divulgado pelo juízo federal, o Estado ficou obrigado a repassar, na inicial da construção do talude (muro de arrimo), cerca de R$ 2,5 milhões, em sete parcelas mensais e sucessivas de R$ 357.142,85.
Porto Velho, RO – Com festas tucanas e sem uma definição sobre o aporte de R$ 9 milhões próprios para injetar no Projeto de Revitalização do Complexo Ferroviário, a ordem de serviço apenas para início das obras de construção do talude (muro de arrimo) foi dada na terça-feira 2, pelo burgomestre Hildon Chaves.
Diante de um público seleto, recheado de servidores com registro mínimo de expectadores, o ato cidadão contou com autoridades, grupos de interessados sem saber mais sobre a reativação da linha férrea até a cidade de Guajará-Mirim, além da prometida extensão à Vila Candelária, a oito quilômetros desta Capital.
O evento, segundo historiadores, “possibilitou ao menos revelar quais são os entes públicos e privados responsáveis pelo financiamento dessa etapa da obra, na inicial do projeto de execução afeita ao Consórcio Santo Antônio Energia (CSA-E) e ao governo do Estado”.
Sem mencionar os valores destinados pelo Governo do Estado, Hildon Chaves, se ateve a explorar, com caráter político, “os feitos recebidos pelo acordo judicial firmado, uma consignada em audiência pública no foro da 5ª Vara Federal (Ambiental e Agrária)”, afirmou o consultor João Roberto Soares, que assistiu a tudo durante o evento.
No documento divulgado pelo juízo federal, o Estado ficou obrigado a repassar, na inicial da construção do talude (muro de arrimo), cerca de R$ 2,5 milhões, em sete parcelas mensais e sucessivas de R$ 357.142,85. Ao município, apesar do eufórico anfitrião do evento, “coube discorrer sobre a construção de bares e restaurantes na orla”.
Na eufórica administração municipal, durante as audiências públicas, ficou latente o desprezo pelas entidades civis que lutam ao menos seis décadas pela revitalização total do Complexo da Estrada de Ferro de Madeira Mamoré (EFMM), da centenária Vila dos Ferroviários, conservação e preservação do seu acervo histórico tombado pelo IPHAN.
O evento da terça 2, elevou o nível de preocupação em torno da execução plena das obras de revitalização do Complexo Ferroviário, via Consórcio Santo Antônio Energia (CSA-E), vez que enfrenta séria crise financeira. Por conta disso, um expectador exortou o governador Daniel Pereira, para que o“Estado aumente sua participação no empreendimento”.
Essa medida veio à tona diante da insegurança registrada, nas entrelinhas da fala de Hildon Chaves, que daria conta que o município iria disponibilizar um suposto aporte de R$ 9 milhões, “nada foi esclarecido”. Essa informação foi vazada por fontes acreditadas na Fundação Cultural do município – mas ainda não confirmada
Sobre o assunto, além da não divulgação dos laudos pelo IPHAM (com 370 pranchas/ações), em Rondônia, sobre a execução das obras, durante o ato que referendou a Ordem de Serviço ficou patente, contudo, que “apesar da crise vivenciada pelo Consórcio Santo Antônio Energia, as decisões são judiciais e o grupo terá que honrar o acordo”.
ENTENDA O CASO – Com festas tucanas em quase todo o Centro Antigo da Cidade de Porto Velho, sobretudo no hall aberto do Mercado Cultural, pouca coisa ficou esclarecida sobre a participação estratégica e/ou não do município; com exceção do que é público e notório: a Prefeitura tem apenas a concessão por 50 anos dos ambientes do Complexo Ferroviário.
Sobre as dificuldades das obras terem continuidade daqui pra frente, o consultor João Soares, diz que, “o Consórcio Santo Antônio Energia é um grupo formado por grandes empresas nacionais, privadas e estatais”. Por ter arrematado a concessão para construir uma usina hidrelétrica em plena Floresta Amazônica, mesmo em crise, tenham a certeza de que irá cumprir com mais essa demanda, no Estado de Rondônia.
Fonte: Xixo Nery - NewsRondônia
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