CAERD EXCLUSIVA - 80% da população da Capital terá água tratada em maio, garante Irineu
Irineu diz ao jornalista Osmar Silva: “agora tem dinheiro na conta, as empresas estão recebendo, estão trabalhando e não vão parar mais. Teremos mais do dobro da água que temos hoje”.
Em entrevista exclusiva concedida ao noticiastudoaqui.com, José Irineu, presidente da Caerd-Companhia de Água e Esgoto de Rondônia, declarou que com “todo pessimismo, até maio do ano que vem, 80% da população de Porto Velho terá água tratada na torneira de casa”. Veja a entrevista.
Como é a distribuição de água em Porto Velho?
O abastecimento de água potável é feito de duas formas em Porto Velho. A primeira é através do comando central que realiza a captação de águas no Santo Antônio e no Bate-Estaca. Aí, a Caerd faz o tratamento e a distribuição.
Esse sistema é que abastece, de forma bem abastecida, parte de Porto Velho. Temos uma estação de tratamento que produz água suficiente para esse atendimento diretos.
Quais localidades recebem esse atendimento direto?
Toda a região central da Capital mais alguns bairros como o Marechal Rondon, São Cristóvão, Nossa Senhora de Fátima, Areal Centro, Embratel, parte do Aponiã e outros do entorno, são os beneficiados por esse sistema.
Agora, estamos abastecendo bem essa região. Mas quando eu entrei aqui, nós tínhamos problemas na captação de água no Bate-Estaca.
No verão, pelo mês de junho, o igarapé começa a reduzir a vazão. Aí tivemos que fazer uma interligação da adutora do Santo Antônio direto com a do Bate-Estaca para poder chegar água na estação de tratamento.
Nos primeiros 30 dias da nossa gestão me dediquei a resolver esse problema. Agora está resolvido. Eu moro no Bairro Marechal Rondon. Lá, temos água dia sim, dia não. Mas no dia de água, chega água o dia todo.
“No verão até lençóis freáticos profundos
têm problemas de vazão”
Aí temos um segundo sistema que são modelos de abastecimento independentes como o do Bairro Novo, Conjunto Guajará e outros.
É nesses sistemas que nós temos problemas de abastecimento. Especialmente no alto verão, período de estiagem, de seca absoluta nos meses de agosto/setembro, quando os lençóis, mesmo em águas profundas onde fazemos captação, apresentam problemas de vazão. Aí os poços começam a reduzir sua capacidade de fornecer água.
Embora alguns técnicos afirmem que isso não influencia na vazão, nós observamos ao longo dos anos – sou funcionário de carreira e estou aqui há 30 anos – que influencia sim. Do mesmo modo como atinge os poços amazônicos que, em sua maioria, secam no verão. É aí que reside o nosso problema de atendimento à população que depende desse sistema. Exemplo é o conjunto Cristal, na Avenida Calama.
Isso decorre do fato da Caerd não ter feito investimento algum nos últimos anos. Nem para a manutenção desses poços – limpar, reescavar – nem para construir outros. Nós estamos trabalhando com poços que existem há anos. E eles, ao longo do tempo, vão se danificando e reduzindo sua capacidade de vazão.
“Os gestores anteriores não se preocuparam
em abrir novos poços.
Nem de mandar limpar os existentes”
É com essa situação que estamos convivendo. Agora, abrir um processo de licitação para a perfuração de novos poços e limpar e recuperar os existentes.
Como está chegando o período de chuvas, esse problema vai reduzir. Primeiro, porque a população consome menos água, segundo, porque o lençol freático começa a sua recuperação. E tudo vai se acalmar.
É nessa hora que o gestor tem que se preocupar e tomar atitudes para resolver o problema e enfrentar o verão seguinte. Foi o que não aconteceu.
Os gestores anteriores não se preocuparam com isso e agora vivemos uma situação onde a população está padecendo. E, de forma imediata, a Caerd pouco pode fazer. Abrimos o processo licitatório, mas isso demora, não tem um resultado imediato.
Mas antes, fale sobre a Zona Leste, que é a maior região da Capital com mais de 30 bairros e mais de 200 mil habitantes.
Para a Zona Leste e os bairros mais distantes, que são abastecidos de forma precária, aí vai o que eu penso: nós tínhamos duas obras em andamento em Porto Velho. Uma nós perdemos, que foi a de esgoto. Mais de R$ 150 milhões foram perdidos.
A outra, é a obra de implantação do sistema de universalização do fornecimento da água em Porto Velho. Esse, está absolutamente em andamento. Quando assumir, estava parado. As empresas não recebiam seus pagamentos e, por isso, não trabalhavam.
Então, as obras foram recomeçadas com outro gestor que é o PAC-Programa de Aceleramento do Crescimento, que está fazendo o pagamento às empresas contratadas para concluir as obras de instalação das redes de distribuição.
Mas paralelamente, está se concluindo uma nova estação de captação e de tratamento de águas. Estas obras já haviam sido iniciadas, mas estavam paralisadas. Só agora foram retomadas.
Qual a previsão de conclusão dessas obras?
Se as obras continuarem a ter o andamento que tem que ter, acredito que lá pelo mês de maio do ano que vem, possam estar concluídas. E estou falando de algo distante. Pode ser bem antes. Mas não vou criar ilusão.
“Confúcio e a sua gestora anunciaram várias datas entre
2016 e 2017. Não ocorreu.
Agora afirmo: em maio teremos água
em 80% de Porto Velho”
O governo Confúcio anunciou várias datas em 2016 e 2017 e não ocorreu. A gestora que estava aqui anunciou neste ano, que seria no mês de abril e não correu; mês de junho, não ocorreu; e estamos encaminhando para o final do ano e não ocorrerá.
Mas se as empresas andarem com as obras conforme tem que caminhar, acredito que tanto a estação de tratamento quanto as adutoras e a rede de distribuição, estarão prontas lá pelo mês de maio de 2019.
Estou acreditando que no próximo verão, 80% da população de Porto Velho terá abastecimento. E não mais precariamente. Isso, porque nós vamos isolar alguns sistemas independentes até porque não precisaremos mais destes poços.
Numa visão pessimista, o senhor acredita que em 1 ano, ou até o final do ano que vem, estas obras estarão finalmente concluídas e entregues à população?
Essa é uma visão muito pessimista mesmo! Eu não acredito nisso. Acredito é que as obras vão se acelerar. O dinheiro está depositado na Caixa Econômica, as empresas estão recebendo e vão avançar. Então, não acredito que vá demorar esse tanto. Por isso que estou falando de maio. Com muito pessimismo, em maio.
Nessa data, em maio, 80% da população estará sendo abastecida por um sistema central que é essa estação de tratamento. Ela vai produzir mil litros de água por segundo. Vai mais que duplicar a produção que temos hoje.
Hoje, nós trabalhamos com 600 mil litros de água por segundo no sistema central existente. Incluindo o novo sistema, vamos para 1 mil e 600 litros de água por segundo além da produção dos sistemas independentes. Vamos abastecer Porto Velho com tranquilidade.
Então os poços artesianos vão continuar em operação?
Em princípio sim. A operação dos sistemas é que vai nos dizer o que vamos fazer. Se percebemos que os bairros estão sendo atendidos de forma satisfatória, nós vamos desativando os poços. E onde percebermos que não está satisfatório, teremos a ajuda dos nossos poços.
Eles ficam então, como um sistema suplementar?
É. Isso mesmo! De forma suplementar. Até porque nesse bojo de obras, estão sendo construídos reservatórios de água em alguns bairros das regiões da Capital. Eles guardarão um certo volume de água que será distribuído em sua região.
Assim, no próximo período de estiagem, ou seja, no próximo verão, esse problema de abastecimento de água estará resolvido.
Fonte: Noticiastudoaqui.com
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