Cassol não subirá no palanque de Acir, diz Carlos Magno
Em visita ao Extra de Rondônia, na manhã desta quinta-feira, 30, o candidato ao senado Carlos Magno (PP) fez um breve balanço de sua vida política e explicou os motivos que o levaram a ser candidato ao Senado nas eleições de outubro próximo.
Ele disse que, a princípio, era candidato a vice na chapa liderada pelo senador Ivo Cassol, que era candidato ao governo, mas foi impedido pelo cumprimento da pena determinado pelo Supremo Tribunal Federal.
Carlos foi prefeito de Ouro Preto do Oeste, de 1997 a 2004, e deputado federal de 2011 a 2014.
CONVIDADO AO PLEITO
Carlos diz que, após a candidatura de Cassol ser inviabilizada, foi convidado por seu grupo político pra liderar o PP se candidatar a uma vaga ao senado.
Buscou somar com o candidato Expedito Junior (PSDB), mas os diálogos não deram frutos positivos. Com Acir Gurgacz (PDT), que é candidato ao governo, se sentiu acolhido.
Carlos confessa que “a partir do momento que seu nome não foi aceito na coligação de Expedito, Acir prontamente tirou a candidata do PT, Fátima Cleide, e abriu a vaga para ele”.
Ele ressalta que agora é um novo homem; se converteu há seis anos e que seus valores mudaram.
CASSOL NÃO SUBIRÁ NO PALANQUE DE ACIR
Contudo, Magno afirma que “o senador Ivo Cassol, não irá subir no palanque com Acir, mas dará todo apoio a sua campanha ao senado, sendo um compromisso, inclusive já está gravando seu apoio a minha candidatura”.
Ele disse que Ivone Cassol, esposa de Ivo, era a primeira suplente. Mas desistiu para cuidar de sua família e, principalmente, de duas netas. Assim sendo, o ex-ministro Amir Lando foi “convocado” para ser o 1 º suplente e o projetista Edson Delpieri o 2º.
PRISÃO E IMPUGNAÇÃO DO MP
Carlos teceu comentários a respeito dos dias que esteve preso e sobre o pedido de impugnação de sua candidatura requerido pelo MP.
Ele foi preso em 2006 na operação “Dominó” que investigou (e prendeu) diversas autoridades estaduais, por crimes de peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
“Por hoje ser cristão e conhecedor da palavra, o processo e a prisão de 105 dias, quando foi vice do Ivo Cassol, foi livramento de Deus. Estava muito doente e a política era paixão da minha vida. E. com certeza, se não tivesse sido preso para cuidar da minha saúde, eu não estaria aqui conversando com vocês hoje”, relata Carlos Magno, com lágrimas nos olhos.
Carlos diz que foi uma injustiça que sofreu, pois depois de nove anos, o processo estava arquivado e pensou que estava livre. Porém, o MP já reconheceu que seus direitos políticos estão preservados. Isso lhe dá coragem para prosseguir, pois é um homem de missão e companheiro.
DESAFIOS PARA RONDÔNIA
Carlos ressalta que, se for eleito, tem grandes desafios para o Estado, principalmente porque veio da roça e até hoje tira seu sustento do campo ,sendo agricultor. Sua bandeira é o setor primário, na questão da regularização fundiária, mudança da legislação agraria. Para ele, o Estado precisa criar o Instituo da Terra, para documentar e ajudar o pequeno agricultor, discutir a questão da criminologia do meio ambiente, com pessoas que tem conhecimento e com a sociedade, mas tudo isso, sem radicalismo.
Sobre a BR-364, ele diz que é mais importante criar uma segunda opção de rodovia, a partir de Corumbiara cortando o Estado até Porto Velho para o escoamento da produção, projeto que está no plano de ações de governo de Acir.
GOVERNO CONFÚCIO
Carlos Magno também analisou os quase oito anos da administração Confúcio Moura. Segundo ele, Confúcio é um estadista, que falhou muito com o setor primário, a Emater sofreu consequências, ficou impotente junto a sua atividade principal, a assistência técnica, o setor agricultura passou por sérias dificuldades.
Mas no dia a dia um governo de embates e debates, sendo que a questão da criação das reservas foi muito ruim, “Deveria ter discutido o assunto mais profundamente junto à sociedade. Mas de uma forma geral contribuiu para o desenvolvimento do Estado”, ressaltou.
Para encerrar, Carlos afirma que “o povo nunca teve a oportunidade como está tendo agora de escolher entre 16 candidatos, dois que irão representá-los por oito anos no senado federal. Sendo que o eleitor também precisa reciclar, não adianta ficar só reclamado é preciso ir às urnas e votar com responsabilidade saber escolher aquele que tem ficha limpa e projetos que visa dar qualidade de vida a população”.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia
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