Ex-presidente que rejeita indulto influencia sucessão atrás das grades
O que vem por aí? Fernando Haddad promete que, se for eleito, trará de volta o Brasil de Lula.
Se sua palavra merece fé, como a do político padrão, ele trará de volta a política que Lula aplicou em seus dois mandatos como presidente da república. Mas não o indultará.
O próprio Lula já declarou que não quer o perdão institucional. Prefere continuar a lutar na justiça para provar a sua inocência. Assim, o País que possui a oitava maior economia do planeta, gigante em território e população, terá um presidente honorário inspirando o possível presidente efetivo, eleito pelo PT, a partir da cadeia.
Não exatamente a partir das masmorras medievais de uma penitenciária típica, atrás das quais se acomoda a terceira maior população carcerária do planeta, deste nosso país desigual, injusto, violento e incivilizado, mas de uma cela especial na sede da Polícia Federal. Na qual, mesmo assim, cumpre pena de 12 anos e um mês, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. No primeiro de vários processos que tramitam contra ele em várias instâncias do poder judiciário.
Qual será o Brasil de Haddad? Este do momento, que parece devolvido a 1989, quando um candidato se declarava capaz de resolver com uma única bala de prata todos os problemas de um país arrasado pela administração dos militares (a pior das quais foi a última, do general João Figueiredo, o "João" tosco e sincero propagandeado por seu assessor de imprensa, o professoral Alexandre Garcia de hoje) e do democrata José Sarney, remanescente da ditadura extinta como vela cujo pavio apagou?
Não é o Brasil de 1994 e de 1998, no qual Lula foi derrotado por Fernando Henrique Cardoso ainda no 1º turno. O Brasil dessas duas eleições estava agradecido por, finalmente, ter uma moeda, que resiste até hoje à incompetência dos timoneiros da nau desaguisada por mares nunca dantes navegados, uma façanha que só os sobreviventes da era da inflação galopante podem avaliar devidamente.
Com todos seus defeitos, erros, vícios e malfeitos, FHC deixou um país arrumado administrativamente para Lula comandar em piloto automático, conduzindo a nação por céu de brigadeiro a partir do imenso fluxo de dinheiro proporcionado pelos preços das commodities exportadas pelo Brasil.
O Brasil de 2010 achava que Dilma Rousseff iria dar continuidade a esse período de prosperidade, descartando Aécio Neves (com precisão premonitória) como deixara de lado José Serra e Geraldo Alckmin (corretamente?).
O Brasil de 2014 era tão falso e instável, depois da pior administração da república, que o estrondo de 2016 se tornou inevitável. Seus reflexos negativos se agravaram com o vice de Dilma, alçado ao lugar dela, Michel Temer, por um impulso que já não podia ser contido de outra maneira no quadro democrático.
Este é o Brasil de 2018. Se quer trazer o modo Lula de governar, das duas uma: ou Haddad levará o País à definitiva bancarrota ou abandonará o seu guia, alter-ego e dono. E aí? Apertem o cinto, senhores. O que vem aí não é captado pelo radar de bordo.
Fonte: LÚCIO FLÁVIO PINTO
Editor do Jornal Pessoal
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