Com Lady Gaga, Hedi Slimane cria viúvos em desfile de estreia na Céline
Uma das estreias mais aguardadas desta temporada de verão 2019 aconteceu na noite desta sexta-feira (28), em Paris.
Ou melhor, Celine, sem acento mesmo, uma primeira manobra polêmica do designer que encheu os cartazes da marca espalhados pela Europa com pichações de clientes inconformados pela mudança gráfica da etiqueta, uma das mais amadas pelas europeias de estilo minimalista.
Slimane, criador da estética skinny e responsável por reformular a Saint Laurent, da qual, aliás, tirou o prefixo Yves em sua época como estilista da marca, fez o que se esperava. Sepultou a Céline de cortes impecáveis e visual de galerista perpetrado pela designer anterior, Phoebe Philo, e colocou seu reconhecível brilho noturno na pista.
Uma pista que começou com tambores de dois militares da Guarda Francesa e tinha a cantora Lady Gaga e o estilista Karl Lagerfeld, fãs confessos do estilista, sentados na primeira fila.
Os convidados recebiam garrafinhas de champanhe Moet et Chandon personalizadas com o novo logo da etiqueta, que montou uma estrutura gigantesca em frente à Escola Militar -autoindulgência de Slimane para se afirmar como novo senhor da guarda fashion-, para esse desfile de estreia.
A primeira modelo, esquálida como todos os manequins de Slimane, saiu de dentro de uma estrutura espelhada com um vestidinho preto com poás brancos em formato de laço gigante.
Era o máximo do romantismo dessa passarela que exaltou todos os códigos do roqueiro chique, cujas jaquetas de couro, calças coladas e blazers curtos o estilista obrigou a indústria a engolir como suprassumo do estilo.
Novidade mesmo foi a inclusão de uma linha masculina no portfolio da grife. Listras P&B, tecidos prateados e ourados, bombers forradas de paetê e alfaiataria com risca de giz são elementos básicos da moda Slimane que, depois de encher a Saint Laurent, agora desembarca nas lojas da Céline.
A paisagem geral da coleção soa como uma grande procissão de viúvas e viúvos da moda francesa, que, na cabeça do estilista, está morta e precisa ser velada.
Há provas da boa técnica, como os vestidos tomara que caia pontudos nas laterais do busto e alguns costumes de abotoamento duplo para homens, mas o designer prefere gastar rolos de lurex, couro e vinil em propostas simples. Aliás, simples demais para uma grife como a Céline.
Provavelmente, essa coleção será o maior sucesso de vendas da marca, que deve atingir uma leva de jovens endinheirados que consomem a marca concorrente Saint Laurent, mas deixará um séquito de viúvas nostálgicas do passado clean, clássico e intelectualizado da Céline de outrora.
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