A arte Amazônica de Jhon Douglas e os Jungle Boys
Músico brasileiro nascido em Rondônia se prepara para lançar o EP "MATO"
Ao sul da Selva Amazônica, onde os animais atravessam pela paisagem urbana, existem centenas de cidades que são comumente classificadas pela literatura universal de brasil-profundo. Na fronteira com a Bolívia, no Estado de Rondônia, a cidade de Vilhena é uma das principais rotas rumo ao coração da Amazônia. É exatamente neste ponto onde surgem as canções de Jhon Douglas, que percorreu boa parte do mundo, do Paraguai a Alemanha, do México a Portugal, apresentando sua arte com exposições de pinturas em museus, galerias e murais de pequena e grande escala.
“A música é uma ferramenta, assim como a pintura, os vídeos que faço, ou o skate, o que importa é a mensagem, é o que sou, e esse desejo de ecoar alguma mensagem, de mostrar o que eu sou e de onde eu vim se misturam com esse lado amazônico e isso reflete em tudo o que eu faço e canto”, diz Jhon sobre sua nova empreitada musical, o EP MATO, que será lançado no próximo dia 13 de abril, em Lisboa.
Há dois anos, o artista plástico Jhon começou a se apresentar com seus JungleBoys em vários espaços da capital portuguesa, inclusive em suas exposições e pintura de murais. Cheio de histórias amazônicas e canções com “balanço brasileiro”, o menino de Vilhena cantava com todo o fôlego, ‘’eu vou voltar para o mato para me desatualizar’’, fazendo um convite a si mesmo para voltar para suas raízes rondonienses.
Nos últimos onze meses Jhon aproveitou sua estadia se desatualizando em sua região e juntou alguns equipamentos com amigos e criou, de forma caseira e espontânea, o disco MATO, que apresentam os sabores, os conflitos e as percepções de vida de quem veio daqueles lados da Amazônia brasileira.
“Estas músicas apresentam este universo de onde vim, da mata, dos bichos, dessa vida na floresta, na fronteira do Brasil’’, diz ao tentar explicar-se, e logo completa, ‘’é uma questão do tipo de vida que vi por onde passei, o ser humano é parecido, mas tem uma mecânica diferente, seja em Vilhena ou em Lisboa, que são cidades iguais, mas ao mesmo tempo completamente diferentes’’, resume o músico.
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