Entenda a crise de asma que matou a escritora Fernanda Young
Brasil registrou em 2017, segundo o Datasus, 2.477 mortes decorrentes da doença, sendo quase a metade em pessoas acima de 60 anos
Apesar de pouco comum, a morte por crise asmática é um risco para determinados pacientes, como ocorreu com a escritora e atriz Fernanda Young, de 49 anos.
Fernanda tinha asma desde a infância, passou mal no sítio da família, em Gonçalves (MG) , e o quadro evoluiu para uma parada cardíaca.
No Brasil, foram registrados em 2017, segundo o Datasus, 2.477 mortes decorrentes de asma. Se considerado que até 1/4 da população sofre com essa condição, o número pode ser tido como baixo, afirma o médico pneumologista Francisco Mazon. Quase metade desses óbitos se refere a pessoas acima de 60 anos.
Pacientes asmáticos, explica o médico, devem ter acompanhamento médico rotineiro, já que as crises podem aparecer de repente.
"Quando a crise é grave, ela pode ser fatal em um curto espaço de tempo. O comportamento da asma naquela pessoa também te diz alguma coisa. Um dos principais fatores de risco para crise grave é já ter tido outra crise grave antes."
Em crises graves, é importante que, além de ter os medicamentos corretos, o paciente procure atendimento hospitalar rapidamente.
Mazon explica que as crises de asma são classificadas de leve a muito grave, sendo que a mais severa compromete o nível de consciência.
"Na crise leve, o estado neurológico, o nível de consciência é normal. Na moderada, a pessoa fica agitada. Na asma grave, pode começar a ficar sonolenta. Para tentar respirar melhor, o corpo estimula que respire mais rápido, só que chega uma hora que a musculatura não aguenta. Um adulto respira entre 6 e 12 vezes por minuto. Se a pessoa está com uma crise asmática grave, pode chegar de 30 a 40 vezes por minuto."
A respiração acelerada faz também com que o coração bata mais rápido. "É uma resposta do corpo para tentar transportar mais oxigênio", observa o médico.
Em uma crise grave, a pessoa "está na iminência de ter uma parada respiratória, que se segue de uma parada cardíaca", afirma Mazon, a exemplo do que ocorreu com a escritora.
O pneumologista afirma que pacientes asmáticos precisam ter os medicamentos corretos para tomar na hora das crises. Ele acrescenta que usar apenas a bombinha de broncodilatador (um dos tipos mais usados é o sulfato de salbutamol, ou Aerolin), pode piorar o quadro.
"Muitos estudos científicos mostram que o uso de broncodilatador isolado em asmáticos aumenta o risco de morte."
Além do broncodilatador, é preciso usar corticoides por via inalatória. "A asma é uma bronquite, que nada mais é do que uma inflamação dos brônquios. Por isso, se usa um anti-inflamatório pulmonar, que é uma bombinha que tem corticoide. Ele tem uma ação preventiva, por assim dizer, e pode até ser usado durante a crise."
Mas em crises intensas, o paciente deve recorrer a um corticoide pela via oral, orienta o médico.
Pessoas com asma devem consultar um pneumologista regularmente para obter as prescrições e orientações necessárias e jamais se automedicar.
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