Leonardo DiCaprio divulga foto de área indígena no Brasil com mensagem 'fora garimpo' | Notícias Tudo Aqui!

Leonardo DiCaprio divulga foto de área indígena no Brasil com mensagem 'fora garimpo'

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Fotografia foi divulgada no final de novembro e mostra reunião entre etnias Yanomami e Ye'kwana, dos estados do Amazonas e Roraima.

 

Leonardo DiCaprio, ator americano, postou nesta quinta-feira (26) uma imagem de um encontro entre povos indígenas brasileiros. Os índios se posicionam e formam as palavras "Fora garimpo" em denúncia às extrações ilegais de minério nas terras das etnias Yanomami e Ye'kwana, em Roraima e no Amazonas.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

"No more mining" -- a powerful message from the Yanomami and Ye'kwana peoples of northern Brazil to the world. Despite Brazilian laws that make mining on Yanomami Indigenous land illegal, thousands of goldminers have recently entered Yanomami Park, one of Brazil’s biggest indigenous reserves, spreading malaria and contaminating rivers with mercury. The invasion comes after the budget for Amazon law enforcement operations in Brazil was slashed, leaving protected areas vulnerable to exploitation. The last time there was an invasion of this scale was during the 1980s, when around one-fifth of the indigenous population died from violence, malaria, malnutrition, mercury poisoning and other causes. At a recent Yanomami and Ye'kwana Leadership Forum, the tribe leaders issued a letter to the main authorities of the Brazilian Executive and Judiciary. "We do not want to repeat this story of massacre," reads the manifesto. Photo supplied by @socioambiental #foragarimpo #standwiththeyanomami

Uma publicação compartilhada por Leonardo DiCaprio (@leonardodicaprio) em 26 de Dez, 2019 às 6:34 PST

"Fora garimpo" - uma poderosa mensagem dos povos Yanomami e Ye'kwana do Norte do Brasil para o mundo. Apesar das leis brasileiras considerarem ilegal a mineração nas terras indígenas Yanomami, milhares de garimpeiros entraram recentemente no parque, uma das maiores reservas indígenas do Brasil, e espalharam malária e contaminaram os rios com mercúrio", disse o post.

"A invasão ocorre após o corte no orçamento das operações policiais da Amazônia no Brasil, deixando as áreas protegidas vulneráveis ​​à exploração. A última vez em que houve uma invasão dessa escala foi na década de 1980, quando cerca de um quinto da população indígena morreu devido à violência, à malária, à desnutrição, ao envenenamento por mercúrio, entre outras causas. Em um recente encontro das lideranças Yanomami e Ye'kwana, os povos enviaram uma carta às principais autoridades do Executivo e do Judiciário brasileiro. "Não queremos repetir essa história de massacre", completou DiCaprio.

A foto foi concedida pelo Instituto Socioambiental (ISA), organização que trabalha em diferentes áreas da Amazônia, como a bacia do Xingu, no combate ao desmatamento e na proteção dos povos tradicionais.

Encontro em Roraima

O G1 noticiou em 27 de novembro a denúncia dos povos indígenas do Amazonas e Roraima. As lideranças divulgaram uma carta aberta em que voltaram a falar sobre a presença de garimpeiros ilegais na região e alertaram para o risco de massacre.

O texto, que é assinado por lideranças das etnias Yanomami e Ye'kwana, foi elaborado durante uma reunião que ocorreu na reserva, na região do Demini, em Roraima. Ele foi lido pela deputada federal Joênia Wapichana (Rede-RR) durante audiência pública na Câmara dos Deputados no dia 26 de novembro.

"Os garimpeiros estão envenenando as pessoas e contaminando nossos rios, nossos peixes, nossos alimentos e espantando nossa caça. Sabemos que o mercúrio usado no garimpo está contaminando nosso povo", diz um dos trechos da carta. "Essa é a mensagem de todos os Yanomami e Ye’kwana juntos para todo o planeta".

No início de novembro, uma manifestação de garimpeiros deixou a BR-174, principal rodovia de Roraima, fechada por quatro dias. O ato foi em protesto contra a operação que desmontou focos de garimpo ilegal na região e para cobrar a regularização da mineração em áreas indígenas, projeto em fase de estudo pelo governo federal, mas rechaçado pelos índios.

Fonte: G1


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