Onze famílias já foram retiradas de casa por causa da cheia do Madeira

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Mais uma família que reside em área de risco no Bairro Nacional, em Porto Velho, foi retirada de casa pela Defesa Civil Municipal na tarde de terça-feira (12). Esta foi 11ª família a ser removida por causa do avanço do nível do Rio Madeira que registrou a cota de 16,46 metros nesta tarde. Pelo menos 820 famílias continuam sendo monitoradas pelo órgão diariamente. 

Com a água se aproximando do quintal, a família que pediu ajuda foi levada para a casa de parentes, onde deve permanecer até o nível do rio baixar.

Já o cozinheiro Raimundo Nascimento Alves, morador do Bairro Nacional, não tem para onde ir e garante que vai continuar em sua residência mesmo sabendo do perigo que está correndo. “Toda vez que começa a chover eu passo a noite acordado com medo da água chegar repentinamente igual foi em 2014, quando a água chegou pelo meio da minha casa. Eu já fiz o cadastro para ganhar uma casa há três anos e nunca fui chamado e só saio daqui se for pra mudar para meu apartamento mesmo sabendo que a água está nos fundos do meu quintal”, disse o morador. 

Com a elevação do rio, as águas começaram a invadir os quintais das residências localizadas em áreas de risco nos bairros Balsa, Nacional, Beco do Gravatal, Beco da Rede, Beco do Birro, Triângulo, Candelária e Panair. 

Para não serem pegos de surpresa pela água, quatro famílias que residem no Beco do Birro, dois do Beco da Rede, uma do Bairro Areal, uma do Nacional e outra no Baixa União, solicitaram ajuda e foram levados para a casa de parentes pela equipe da Defesa Civil. 

Alguns moradores que residem nessas regiões não têm para onde ir, mas a Defesa Civil informou que está trabalhando em conjunto com a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semasf) para colocar os moradores em um local seguro. “O morador pode nos procurar ligando em dos nossos telefones e solicitar ajuda que nós iremos fazer a remoção mesmo ele não tendo para onde ir porque trabalhamos para resguardar vidas”, garantiu Marcelo Santos.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Marcelo Santos, assim que o nível do Rio Madeira ultrapassou os 14 metros, um canal que corta a estrada do Ramal Maravilha localizado na margem esquerda do rio, começou a transbordar, deixou a estrada alagada e duas famílias tiveram que sair de suas casas com medo de ficarem ilhadas. 

Baixo Madeira

Nos distritos de São Carlos, Nazaré e Calama, a Defesa Civil continua monitorando e prestando apoio necessário para toda a comunidade já que nessas localidades o rio está próximo das residências. “Nós continuaremos também o trabalho de sinalização dessas áreas onde estão correndo perigo de desbarrancamento como forma de prevenção. Cerca de 100 barracas já estão à disposição das comunidades”, informou Marcelo Santos. 

Em Jaci-Paraná e em Fortaleza do Abunã, algumas residências já foram impactadas com a cheia do Rio Madeira. 

A Defesa Civil está com uma equipe de plantão 24 horas para atender as famílias que residem em áreas de risco. A ajuda pode ser solicitada ligando no 199 ou 98401-5113.


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