Polícia procura suspeito de intermediar crime para filho que mandou matar o pai, em RO

Suspeito identificado como Chewdon Jeovane Batista, de 18 anos, está foragido. Crime ocorreu em maio, em Porto Velho.
A Polícia Civil procura pelo quinto suspeito de estar envolvido na morte do comerciante Juscelino Magalhães, então de 46 anos. Durante as investigações, ele foi identificado como Chewdon Jeovane Batista, de 18 anos. A imagem foi divulgada pela corporação nesta quarta-feira (19).
Juscelino foi morto com um tiro na cabeça no mês passado dentro do estabelecimento que comandava, na Zona Leste de Porto Velho. O filho do comerciante, de 16 anos, foi o mandante do crime e riu durante sua apreensão.
Segundo a delegada à frente do caso, Leisaloma Carvalho Resem, da Delegacia de Homicídios, Chewdon Jeovane seria a pessoa que intermediou o assassinato e contratou duas pessoas para executar o crime. Outros três suspeitos já estão detidos.
"Está restando neste momento a prisão do Chewdon. Desse que nós temos mandado de prisão. Ele, na verdade, vai fechar o crime. Chewdon é o intermediário, que fez essa ligação entre o autor intelectual, o filho da vítima, e os outros dois que ele contratou: o atirador e o piloto da moto", explicou a delegada.
A identidade do suspeito pelo intermédio foi conhecida após a apreensão do adolescente e do homem que conduziu a motocicleta utilizada no dia do assassinato. Conforme Leisaloma, Chewdon e os outros integrantes do grupo já tinham passagens pela polícia.
Qualquer informação que leve à prisão do suspeito pode ser repassada para a polícia de forma anônima pelo telefone 197.
Atirador preso
O atirador, o pedreiro Adelson Góes dos Santos, de 44 anos, chegou escoltado por policiais na Delegacia de Homicídios da capital por volta das 15h desta quarta-feira. Conforme a Polícia Civil, Adelson estava escondido em Itapuã do Oeste. O homem é o quarto participante detido pela morte de Juscelino Magalhães.
Durante breve conversa com jornalistas assim que chegou na delegacia, o suspeito não negou o crime e repassou a versão dele dos fatos.Adelson relatou que o filho da vítima prometeu que pagaria R$ 20 mil antes da execução do assassinato e que, desse valor, receberia R$ 10 mil. "Mas ele (adolescente) não pagou", disse.O suspeito contou também que todos os envolvidos no caso se reuniram pelo menos três vezes para combinar como e quando seria o assassinato. Informou ainda que não se apresentou à polícia antes porque "estava procurando um advogado".
Veja resumo das prisões:
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Segundo a polícia, há cinco envolvidos no caso. Quatro já foram detidos;
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O adolescente, filho da vítima e mandante do crime, está em uma unidade de internação desde o dia 29 de maio;
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O segundo envolvido no crime é um homem, de 27 anos, que conduzia a motocicleta usada para levar o atirador ao estabelecimento e matar Juscelino Magalhães. Ele foi preso no mesmo dia da internação do adolescente;
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O terceiro participante é um homem, de 24 anos, que fazia trabalho de motorista de aplicativo. Foi ele quem levou o intermediário e o atirador até as proximidades do comércio palco do crime;
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O quarto integrante do grupo foi preso nesta quarta-feira. Ele foi quem executou o assassinato;
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O quinto e último envolvido é o intermediário. Segundo Leisaloma, seria ele quem contratou o atirador e o homem que conduziu a motocicleta. O suspeito está foragido.
Filho riu da morte do pai
O filho do empresário Juscelino Magalhães foi apreendido no dia 29 de maio. Em depoimento, na época, o adolescente de 16 anos riu do assassinato e pareceu não demonstrar arrependimento.
De acordo com a delegada Leisaloma Carvalho, as suspeitas sobre o adolescente ser o mandante do crime começaram quando ele demonstrou frieza no velório do pai e também no primeiro depoimento que prestou na polícia.
A análise das câmeras de segurança da rua do mercado constatou que o menor fez um sinal para os assassinos, que estavam na rua, saberem a hora de entrar no estabelecimento e executar o comerciante.
As investigações revelaram o contato do jovem com um intermediário que encontrou os dois executores. Eles chegaram de moto no dia do homicídio.
A delegada também destacou que a simulação de um latrocínio foi tramada pelo menor, mas não se sustentou porque o atirador perseguiu a vítima até conseguir atingi-lo com um tiro na cabeça.
Motivação
Em depoimento, o filho da vítima alegou que mandou matar o comerciante porque o pai havia descoberto os saques ilegais que ele fazia no caixa do comércio. Com isso, o pai adotou medidas para impedir que o menor continuasse com os desvios.Outro fato que chamou atenção da polícia é que o menor pretendia pagar R$ 20 mil aos executores do pai, mas como não havia conseguido fazer o pagamento, estava em busca de outras pessoas para matar os assassinos do comerciante.
Fonte: G1
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