Atitude acintosa
É, no mínimo, acintosa, a conduta de gestores da coisa pública, em Rondônia, que se não envergonham de inchar as folhas de pagamento com nomeações de parentes para os mais diferentes cargos da administração, muitos deles sem nenhuma capacidade técnica ou preparo intelectual para os postos de mando. A maioria chega sem saber absolutamente nada. Geralmente, acaba sobrando para o servidor efetivo, que tem que ensinar tim-tim por tim-tim.
Há casos esdrúxulos de comissionados desempenhando atividades típicas de carreiras, para as quais se exige a participação em concurso público. Apesar de o Ministério Público de Rondônia - na pessoa dos competentes Promotores de Justiça Geraldo Guimarães e João Francisco Afonso – marcar em cima, não dar um momento de descanso, com ações e mais ações civis públicas, parece que essa gente não aprende, insistindo em desrespeitar a Lei e as instituições, como se os cargos públicos fossem objetos de uso pessoal dos quais pudessem dispor como lhes aprouvesse.
O nepotismo é um câncer, entre tantos, que corrói as estranhas da administração pública brasileira e para o qual ainda não se achou o remédio adequado, se não para extirpá-lo, definitivamente, mas, pelo menos, para reduzir as suas dimensões. Causa nojo, contudo, comprovar que aqueles que prometeram corrigir distorções e encaminhar a administração para o rumo mais condizente com os propósitos da moralidade e da modernidade, são os primeiros a fornecerem o oxigênio para alimentar essa prática nociva.
Os exemplos estão ai. Não é preciso ir muito longe. Só não enxerga quem é cego, ou, então, mantém elevado grau de cumplicidade com essa ofensa legal. E o mais revoltante é saber que tal conduta levará tempo para ser suficientemente erradicada da administração pública. Esse tipo de comportamento só encontra satisfação no aproveitar-se das benesses sem obrigar-se aos deveres, porque é difícil falar em moralidade num país em que políticos e administradores levianos e irresponsáveis são contados às pencas, em todos os níveis. Assim, que mal faz distribuir cargos e empregos públicos que a Constituição Federal reserva a concursados, sem que essa exigência seja cumprida.
Desgraçadamente, sempre há uns poucos que preferem perseguir os que condenam o nepotismo e outras práticas nocivas à administração pública, ao invés de combatê-las, valendo-se da retórica a serviço da ambição, um empecilho ao progresso humano. Faço coro ao Ministério Público de Rondônia (MPE/RO) no combate ao nepotismo.
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