Crime prevalece com 25 a 30 flagrantes/mês na capital, “uma realidade cruel”, diz delegada

Em entrevista, diretora de Polícia Metropolitana de Porto Velho também falou sobre crimes praticados por menores; Concurso Público e outros assuntos
Porto Velho, RO - O programa A Voz do Povo, apresentado pelo jornalista e advogado Arimar de Souza Sá ao vivo de segunda-feira a sexta-feira, do meio-dia às 13 horas na Rádio Caiari FM 103,1 e pela Antena FM em Rede Estadual, recebeu nessa terça-feira (7), a delegada Rosilei de Lima, diretora de Polícia Metropolitana de Porto Velho.
Na emissora, a delegada destacou os crimes de violência contra as mulheres, e salientou neste sentido que, quando a mulher tem informação e educação, ela passa a ter “empoderamento feminino”.
“Quando a mulher passa a ter conhecimento de que ela tem a Lei Maria da Penha em seu favor, a partir daí, ela sabe que não precisa mais viver em um relacionamento abusivo, que ela tem sim uma saída e o estado tem que oportunizar Isso a ela, seja através de medida protetiva ou tirando ela de casa com seus bens e pertences, porque isso está na Lei, e a Polícia tem de se responsabilizar por isso. Portanto, quando ela passa a saber destes diretos, é incentivada a tomar uma atitude e sabe que não precisa esperar ser assassinada”, complementou.
Questionada sobre os crimes da natureza estarem em “voga”, a delegada avaliou que o índice de homicídios contra a mulher não têm aumentado, “o que tem ocorrido, é que estamos mais sensíveis à causa, a população quer tomar conhecimento disso, afinal a mulher ainda é considerada ainda dentro de um grupo vulnerável, e precisa ter seus direitos assegurados”.
Estado não tem mecanismos
Na entrevista, a chefe de Polícia Metropolitana admitiu que o Estado não está preparado com todos os mecanismos necessários que garantem a integridade física das mulheres. “Hoje, por exemplo, ainda é a mulher que tem de fazer o pedido de medida protetiva, e o delegado de Polícia tem 48 horas para encaminhá-lo ao judiciário, que por sua vez, tem outras 48 para avaliar o pedido. Neste meio tempo, o agressor já pode ter matado a mulher. O que temos feito de imediato, é oferecido abrigo para evitar que o pior aconteça”.
Da violência de um modo geral no estado, a delegada ressaltou que 70% acontece na capital. Entre os crimes, a violência doméstica prevalece com uma média de 25 a 30 flagrantes/Mês, em média 05 a 06 por semana “uma realidade cruel”.
No programa, Rosilei de Lima também sugeriu soluções às vítimas de violência doméstica como a independência financeira, que conforme explanou, pode ser incentivada através de políticas públicas através da oferta de capacitação de mão de obra; deu orientações à mulheres como a “dependência por causa dos filhos” à qual segundo ela, pode ser alvo de abuso dos maridos violentos que usam o fato para coagir a mulher; falou sobre crimes praticados por menores adolescentes; ações voltadas em favor de melhorias que visam a qualidade no atendimento à população como por exemplo, a inserção dos Cartórios Virtuais interligados com o judiciário; a implantação de uma nova Central de Flagrantes; realização de um novo Concurso para a Polícia Civil, entre outros assuntos.
CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:
Fonte: Rondonoticias
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