Testemunhas são ouvidas em júri dos acusados de estuprar e matar Naiara Karine, em RO

Das 12 pessoas previstas, sete prestaram depoimento. TJ-RO prevê que julgamento de Richardson Bruno Mamede das Chagas e Francisco Plácido termine na quinta-feira (16).

As testemunhas convocadas ao novo julgamento do caso Naiara Karine já foram ouvidas. A sessão começou na manhã desta quarta-feira (15), em Porto Velho. O corpo de jurados é formado por seis homens e uma mulher. A primeira sessão durou quase 11 horas.

Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), 12 pessoas prestariam depoimento. Porém, apenas sete testemunharam – quatro foram indicadas pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO) e outras três pela defesa.

Ao G1, o tribunal informou que as que não falaram ou não compareceram ou foram dispensadas. Sete das testemunhas foram indicadas pela defesa. Outras quatro foram indicadas pelo MP-RO e uma quinta foi intimida pelo juiz.

Após a fase das testemunhas, os réus Richardson Bruno Mamede das Chagas e Francisco Plácido foram interrogados. Os debates vão acontecer no segundo dia de sessão, na quinta-feira (16).

O órgão estima que o julgamento termine na noite da próxima quinta-feira (16) e não na sexta-feira (17), como anteriormente previsto.

A sessão ocorre após o MP recorrer da decisão que absolveu os acusados do crime de estupro contra a estudante de jornalismo, então com 18 anos. Naiara sofreu estupro coletivo e foi assassinada a golpes de faca em janeiro de 2013, em um sítio abandonado da capital.

Confira o resumo do 1º dia de julgamento:

Naiara Karine foi morta no dia 24 de janeiro de 2013, após sofrer um estupro coletivo praticado por, pelo menos, quatro homens. O corpo da jovem de 18 anos, que cursava jornalismo, foi encontrado em uma estrada conhecida como Linha 15 de Novembro, na Zona Rural da capital rondoniense.

Ela foi assassinada com vários golpes de faca e, segundo as investigações, sofreu violência sexual. O localizador do celular de Naiara ajudou a polícia a chegar ao local do crime horas depois de ter sido dada como desaparecida.

Após um mês de investigações, a Polícia Civil caracterizou o crime como sequestro, estupro e homicídio.O crime teve grande repercussão na capital e foi marcado por longos julgamentos.

Ao todo, três pessoas foram condenadas, um réu inocentado das acusações e um suposto mandante ainda não identificado. Nos últimos anos, o caso foi marcado por homenagens da família e amigos, além de novas descobertas de uma investigação ainda não totalmente concluída, segundo o Ministério Público.