Bebê arrancado da barriga da mãe morta em loteamento tem alta em RO
Recém-nascido estava internado no Hospital de Base, em Porto Velho. Justiça informou que o menino foi levado ao Lar do Bebê.
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O bebê que foi arrancado com uma faca da barriga da mãe teve alta do Hospital de Base, em Porto Velho, onde estava internado desde o mês passado. A liberação médica ocorreu no fim da última semana, mas foi confirmada pela assessoria da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) nesta segunda-feira (18).
O menino é filho de Fabiana Pires Batista, então de 23 anos, assassinada dentro de um loteamento da capital. Gustavo Henrique, de 7 anos, também filho da vítima, foi morto na mesma região.
A Semusa informou que o recém-nascido ficou sob responsabilidade do Conselho Tutelar. Ao G1, a assessoria do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) disse que o recém-nascido foi levado ao abrigo Lar do Bebê, em Porto Velho, e foi registrado. Informou que, no momento, a Justiça avalia se o menino ficará com o pai ou com uma tia.
No mês passado, a juíza da Vara da Infância e da Juventude, Sandra Merenda, revelou que de fato havia possibilidade do menino ser levado ao Lar do Bebê assim que tivesse alta. O pai do recém-nascido chegou a demonstrar interesse em ficar com ele.
"O pai está providenciando o reconhecimento da paternidade. Nós vamos averiguar a conveniência dessa criança ir para esse pai, ir para a família paterna ou materna e vamos estabelecer quem tem melhores condições de permanecer com essa criança. Ele tem interesse na guarda da criança, mas ele precisa primeiramente fazer o reconhecimento da paternidade", explicou Sandra à época.
Grupo de suspeitos
A Polícia Civil prendeu este mês o 6° suspeito de estar envolvido no caso. Trata-se Mario Barros do Nascimento, de 18 anos.
Ele é filho de Cátia Barros Rabelo, mulher suspeita de tentar ficar com o bebê e fingir estar grávida de um garimpeiro. Além de retirar a criança com uma faca, o grupo matou a gestante e Gustavo Henrique.
"O Mário relata que apenas viu a criança na casa da mãe dele, e que teria saído só para pedir roupas. Ele afirmou que se negou a comunicar a polícia sobre a criança no imóvel da mãe dele, mas nega que tenha planejado o crime ou estado presente no local onde o bebê foi retirado do ventre da mãe", disse a delegada no dia da prisão do suspeito.
Segundo a delegada Leisaloma Carvalho, que conduz o caso, Mário Barros nega ter participado dos homicídios junto com sua mãe e os outros cinco envolvidos. Outras cinco pessoas seguem detidas pelo duplo homicídio e o sequestro do bebê: a irmã de Fabiana, três adolescentes e Cátia Barros Rabelo.
Cátia queria o bebê
Segundo as investigações, o crime aconteceu no Loteamento Tropical, Zona Sul de Porto Velho. A suspeita de 13 anos, irmã da vítima, teria matado Fabiana e retirado a criança do útero usando uma faca. Na ocasião, a menina ainda teria empurrado o sobrinho, de 7 anos, dentro de um lago. Ele morreu afogado.
A mulher suspeita de tentar ficar com o bebê arrancado da barriga de Fabiana foi presa na tarde de 23 de outubro. Cátia Barros Rabelo, de 34 anos, foi ouvida por cerca de 5 horas na Delegacia de Homicídios da capital antes de ser detida preventivamente.
Conforme a delegada, Cátia teria não apenas participado do crime, como repassado aos filhos e aos outros envolvidos os "instrumentos" para execução do plano. Disse ainda que, assim como os menores, ela não demonstrou arrependimento. Até a última atualização desta reportagem, o advogado de Cátia não havia sido localizado.
A mulher permanece presa em Porto Velho.
Fonte: G1
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