Mãe de acusado de matar professora diz que 'fará de tudo' para tirar filho da cadeia, em RO

Ueliton é julgado pelo Tribunal do Júri em Porto Velho nesta quinta-feira (19). Maria acredita que filho seja condenado por feminicídio.
A mãe de Ueliton Aparecido da Silva, acusado de matar a ex-companheira e professora Joselita Félix, afirmou ao G1 que vai "fazer de tudo para tirar o filho da cadeia". O réu está sendo julgado nesta quinta-feira (19) no Fórum Criminal de Porto Velho.
Aos 70 anos, Maria Silva diz acreditar que o filho seja mesmo condenado pelo júri. Porém, ela não quer deixá-lo preso e prometeu fazer de tudo para soltá-lo da prisão.
Ela ainda afirma que o suspeito teria ido na casa da Joselita, no dia do crime, para fazer as pazes. "Foi um fiasco a Joselita se envolver com meu filho [Ueliton]. Ela brigava com ele. Ele tinha ido na casa, em Candeias, para fazer as pazes", diz Maria.
Ainda em entrevista, a mãe do acusado diz que não tem raiva de Joselita e que sempre ajudou a educadora. "Comprei várias coisas pra ela quando morava com meu filho", afirma. Maria ressalta também não saber o que pode ter acontecido no dia do crime para o filho cometer o feminicídio.
O júri do caso começou nas primeiras horas da manhã e deve seguir até o período da noite. O Tribunal do Júri é formado por quatro mulheres e três homens. A acusação é feita pelo promotor Marcelo Lincoln Guidio.
Veja o resumo do júri do caso Joselita:
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8h55: Sorteio dos jurados. São 4 mulheres e 3 homens
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9h06: Primeira testemunha foi ouvida. Nesse caso foi o pai da Joselita, Francisco Félix de 74 anos. Ele foi vítima de tentativa de homicídio
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11h20: Começa o interrogatório de Ueliton. Durante o depoimento, o réu chorou e disse "senhores jurados, me julguem por feminicídio, não por motivo cruel". Terminou às 12h53. Ou seja, foi ouvido por mais de uma hora e meia.
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13h53: Retomada do julgamento. Começou a fase de debates entre acusação e defesa. O primeiro a falar por uma hora e meia foi o promotor Marcelo Lincoln Guidio. Depois, o defensor público Paulo Eduardo Lima. O juiz da causa, José Gonçalves da Silva Filho, confirmou réplica e tréplica.
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Previsão é que o júri termine entre 20h e 21h.
Feminicídio
Joselita foi morta pelo ex-marido em março, em Candeias do Jamari, após ter a casa invadida por Ueliton Aparecido Silva, em Candeias do Jamari. O ex-marido foi preso logo depois do crime.
O pai da educadora, Francisco Félix, estava em casa e presenciou o ataque. O idoso tentou salvar a filha e segurar o suspeito, mas também foi atacado a pauladas. Ele ficou internado e, dias depois, recebeu alta e foi informado da morte da filha.
Ueliton foi acusado pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO) de tentativa de homicídio e feminicídio. A vítima e o acusado ficaram juntos cerca de 3 anos.
Sala de aula
Aos 47 anos, Joselita era servidora municipal de Porto Velho, mas atualmente morava em Candeias do Jamari para cuidar dos pais, um casal de idosos.
Fonte: G1
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