ROBE CRIMINOSO - Os rastros das cobras: Zoo recebe mais 18 serpentes criadas ilegalmente
Além da naja que picou estudante, outras duas são peçonhentas: uma delas (víbora-verde-de-vogel) não tem sequer soro antiofídico no Brasil
Mais dois exemplares de serpentes peçonhentas que eram criadas ilegalmente no Distrito Federal estão sendo tratados no Zoológico de Brasília. Os animais foram entregues voluntariamente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por um criador que ficou sensibilizado com o caso do estudante que foi picado nesta semana por uma naja de monóculo. Como a entrega foi espontânea, o responsável não será punido – o que é amparado pela legislação.
As serpentes, das espécies víbora-verde-de-vogel (como essa da foto) e jararacuçu, estão no serpentário do Zoológico de Brasília e passarão por um período de quarentena. Estas se somam a outras 17 que também estão sob os cuidados após terem sido encontradas pela Polícia Militar por meio de denúncias.
Ainda não se sabe a destinação final dos exemplares, mas, de acordo com o Ibama, instituições habilitadas, como o Instituto Butantan, serão consultadas para mantê-las em caráter definitivo.
Quem mantém animais silvestres ou exóticos de forma irregular pode fazer a entrega voluntária ao Ibama em todas as unidades do país. A população também pode denunciar suspeitas de criação através da Linha verde, no telefone 0800-618080.
O Ibama chama a atenção para o risco de ter animais, como serpentes, em ambientes inapropriados – tanto para o bicho quanto para as pessoas.
Para manter cobras em residência, o interessado deve solicitar autorização junto ao órgão ambiental do Estado no caso de espécies não venenosas. Cobras peçonhentas podem ser criadas apenas com fins comerciais, por instituições farmacêuticas, ou com intuito de conservação, quando o animal não pode voltar à natureza por diversos motivos, como ter sido vítima de maus-tratos.
Nesta semana, outras 17 cobras foram encaminhadas por agentes do Ibama ao Zoológico de Brasília. Um dos casos é o da espécie naja de monóculo, que picou um estudante – que está hospitalizado devido aos efeitos do veneno, um dos mais fortes do mundo.
A naja, apreendida na quarta-feira (8), não tem registro no Brasil e tem origem na Ásia e na África. O Ibama lavrou uma multa de R$ 2 mil em nome do estudante por se tratar de animal que teve entrada não autorizada no país.
Já as outras 16 serpentes foram localizadas na quinta-feira (9) em um núcleo rural, também no DF. Entre as espécies, king snake, jiboia, cobra-papagaio, cobra-rateira e cascavel – que estavam com lesões nas escamas, magras e com sinais de desidratação, fatores que levam a acreditar que teriam sofrido maus-tratos. O Ibama e a PCDF apuram o caso.
* Com informações do Zoológico de Brasília e do Ibama
Noticias da Semana
* LÍNGUA DE FOGO – Reta final do 2º turno em Porto Velho; qualquer escorregão pode ser fatal
* UTILIDADE PÚBLICA - Confira as vagas da semana no Sine Municipal de Porto Velho
* UTILIDADE PÚBLICA - Campanha de Vacinação contra gripe entra na última semana em Porto Velho
* ANTI-CRISTÃ - Kamala após pessoas exaltarem Jesus: “Estão no comício errado”
* BR-319 - A Estrada da Inércia e da Hipocrisia, por Augusto Rocha
* CONTRARIANDO MÉDICO - Planalto divulga fotos de Lula dois dias após acidente doméstico