PEITO RASGADO – Com punhal de tinta o Cangaceiro, DE REPENTE, rasgou o peito | Notícias Tudo Aqui!

PEITO RASGADO – Com punhal de tinta o Cangaceiro, DE REPENTE, rasgou o peito

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Mais uma vez Rudney Prado apresenta, com aguda sensibilidade, a sua arte. Contemporâneo, reage ao mundo que lhe cerca. E o traduz com criatividade através da música, da comunicação publicitária, da crônica e da poesia. É um cangaceiro de muitas armas.

Rud, como é conhecido, nos surpreende, agora, com um poema interpretado pelo destacado ator Paulo Beti. Nele, autor e ator se encontram e nos encantam com elevado momento de sonho e enlevo.

Em “De Repente”, Rud comprova que esgrime a pena com a mesma maestria com que um cangaceiro esgrimia seu punhal. Direto no coração.

Veja o poema e o ouça na competente interpretação do ator global Paulo Beti a seguir:

DE REPENTE

De repente vejo a mão cega

Que me conduziu ao que não sou.

Agora está claro:

foi preciso que se fizesse treva no peito

para que tateasse a vida pulsante.

Foi preciso que faltasse oxigênio,

que o pulmão espumasse,

Para que aprendesse a respirar.

Foi preciso que se fechasse todas as portas,

Todas as janelas, para que se abrissem

a mente e o coração.

Foi preciso que o sonho se despedaçasse,

para que juntasse todas as forças no caco que sobrou.

De repente, não vejo mais a sombra da dúvida

que turvava o horizonte.

Agora me guio pelos sons do rio que corre n’alma.

Pleno de hoje, sigo o caminho das borboletas matinais,

que não terão amanhã.

De repente, abro os olhos,

a vida desabrocha para mim.

E eu para ela.

Fonte: noticiastudoaqui.com

 

 


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