Baixa umidade do ar preocupa autoridades e exige cuidados com a saúde da população

Redação, 10 de julho de 2025 – O Brasil enfrenta mais uma onda de tempo seco, com destaque para a Região Centro-Oeste e parte da Região Norte, incluindo Rondônia, onde os níveis de umidade relativa do ar têm se mantido baixos e preocupantes.

A situação é consequência de uma recente onda de frio que atingiu o centro-sul do país, provocando queda de temperaturas e agravando o cenário de estiagem.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na última quarta-feira (9), 16 unidades da federação registraram umidade relativa do ar igual ou inferior a 30%, o que configura estado de atenção. Em locais de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso, os índices chegaram a ficar abaixo de 20%, configurando estado de alerta.

Rondônia em situação de atenção

Em Rondônia, os principais municípios já registram níveis de umidade na casa dos 25% a 30%, conforme monitoramento do Inmet e de institutos meteorológicos regionais. Porto Velho, Ji-Paraná e Ariquemes estão entre as cidades mais afetadas. A previsão é de que o tempo seco continue predominando nos próximos dias, sem expectativa de chuvas significativas.

Segundo a Climatempo, a massa de ar seco sobre o centro-norte do país impede a formação de nuvens carregadas, mantendo os céus limpos, as temperaturas elevadas durante o dia e as noites mais frias — um padrão típico do inverno amazônico, mas que este ano se apresenta com intensidade maior.

Riscos para a saúde e para o meio ambiente

A baixa umidade do ar traz riscos diretos à saúde da população, especialmente de crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias. Os especialistas recomendam hidratação constante, uso de umidificadores e evitar atividades físicas ao ar livre nas horas mais quentes do dia.

“Com a umidade abaixo dos 30%, o ar fica mais seco, o que pode provocar irritação nos olhos, nariz e garganta, além de aumentar o risco de crises alérgicas e doenças respiratórias”, explica a médica pneumologista Ana Cláudia Silva, de Porto Velho.

O tempo seco também eleva o risco de queimadas, um problema crônico em Rondônia nesta época do ano. Com vegetação mais ressecada e ventos constantes, o fogo se espalha com facilidade. A Defesa Civil estadual já emitiu alertas preventivos, e o Corpo de Bombeiros reforçou o patrulhamento em áreas de mata e zonas rurais.

Sem previsão de chuvas

A tendência, segundo os meteorologistas, é de que a situação persista por pelo menos mais uma semana, com chuvas muito isoladas e pontuais em algumas áreas da Região Norte, mas nada que alivie o quadro atual em Rondônia.

“A umidade só deve melhorar quando houver mudança na circulação dos ventos e entrada de frentes frias mais úmidas, o que ainda não está no radar a curto prazo”, afirma Marcelo Pinheiro, meteorologista da Climatempo.

Cuidados recomendados

Diante do cenário, órgãos de saúde e proteção civil reforçam a importância de cuidados básicos, como:

• Beber bastante água ao longo do dia;
• Evitar exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h;
• Utilizar soro fisiológico para hidratar olhos e narinas;
• Manter ambientes úmidos com toalhas molhadas ou umidificadores;
• Redobrar a atenção com queimadas e descarte de materiais inflamáveis.

A população de Rondônia deve permanecer atenta às atualizações meteorológicas e seguir as orientações das autoridades para enfrentar este período crítico com segurança e saúde.

Fonte: noticiastudoaqui.com